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Especialista: Argentina tem oportunidades na bioeconomia

“Apenas 1% das espécies de plantas do planeta foram estudadas para aplicações comerciais"


Foto: Pixabay

A bioeconomia foi consolidada em alguns setores da Argentina, como agricultura, bioenergias e saúde, mas existem espaços que ainda não foram abordados em todo o seu potencial. Um deles é o aprimoramento da biodiversidade, segundo afirmou Emiliano Huergo, do portal internacional bioeconomia.info. 

“Apenas 1% das espécies de plantas do planeta foram estudadas para aplicações comerciais e tiveram um enorme impacto econômico em indústrias como agricultura, medicina, cosméticos e alimentos. Há um campo enorme para explorar cheio de oportunidades”, comenta ele. 

Huergo conversou com Cristian Desmarchelier, que é biólogo especializado em biodiversidade, criador e apresentador da série de documentários "Paradigma Três - Os Caminhos da Bioeconomia" e co-autor do livro "Plantas Medicinais Nativas da Argentina: Base Científica para Sua Aplicação na Atenção Primária à Saúde". De acordo com Desmarchelier, essa não é apenas uma abordagem ecológica, mas também econômica. 

“Já sabemos que a Argentina é, pelo menos ao meu ver, um líder em bioeconomia e nos últimos anos se intensificou em algumas áreas, como por exemplo o agronegócio, a saúde, as energias renováveis. No entanto, esse desempenho não é visto em algumas áreas, pelo menos até o momento”, comenta ele. 

Nesse cenário, o especialista comenta sobre os valores econômicos intrínsecos na biodiversidade. “Estamos vendo isso cada vez mais. Por exemplo o impacto que a biodiversidade tem na mitigação das mudanças climáticas, mas também pode ser notada como a fonte da bioeconomia, trazendo muitos microrganismos que podem ser usados para diversos fins”, conclui. 

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