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Produção avícola nacional é testada

Mais de 130 propriedades mineiras foram selecionadas para o inquérito soroepidemiológico


Foto: Pixabay

As operações de vigilância sanitária da produção de aves em Minas Gerais, lideradas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estão previstas para serem concluídas até junho deste ano. Com o objetivo de garantir a ausência de doenças aviárias no estado, como a influenza aviária e a Doença de Newcastle, foram selecionadas 34 propriedades que criam aves para consumo próprio e 105 propriedades relacionadas à avicultura industrial para participar de um inquérito soroepidemiológico. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)

O processo de vigilância inclui a coleta de material biológico, conduzida pelos técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). As áreas monitoradas abrangem todo o estado, com ênfase nas regiões com significativa produção avícola comercial. Para as aves de subsistência, como as criadas em fundos de quintal, as áreas foram escolhidas de forma aleatória, cobrindo todo o território mineiro, com base na análise de risco realizada pelo Mapa.

O inquérito, coordenado pelo Mapa e baseado em um sistema da Universidade de São Paulo (USP), é dividido em cinco tópicos, destacando-se a vigilância ativa, com visitas técnicas às propriedades, e a vigilância passiva, que depende de notificações recebidas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Os resultados do inquérito, de abrangência nacional, são enviados para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA), em São Paulo. Desde 2009, os resultados têm sido negativos para as doenças de Newcastle e influenza aviária em Minas Gerais e em todo o Brasil.

Essas ações de vigilância sanitária garantem a qualidade da produção brasileira, proporcionando segurança ao mercado internacional e fortalecendo a economia do país. A necessidade de cadastro da produção doméstica no IMA é fundamental para reduzir riscos à saúde e à economia, uma vez que as aves de subsistência também representam um potencial de disseminação de doenças.

Com a sanção de uma lei estadual no final de 2023, medidas de biosseguridade na produção avícola mineira foram reforçadas, incluindo a obrigatoriedade da Guia de Trânsito Animal (GTA) para o transporte de aves dentro do estado. O não cumprimento das normas pode resultar em multas, visando coibir práticas clandestinas que representam ameaças à saúde do plantel avícola mineiro.

Minas Gerais, como o segundo maior produtor de ovos e o sexto em produção de aves de corte no país, desempenha um papel crucial na economia avícola nacional. A preservação da saúde do plantel avícola não apenas protege a saúde pública, mas também sustenta a estabilidade econômica de muitas famílias mineiras que dependem dessa atividade.

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