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Estado encaminha novas reivindicações para debelar a crise de preços do arroz gaúcho

Principal medida é a adoção do preço meta


Principal medida é a adoção do preço meta

Porto Alegre - Novas propostas para que os produtores de arroz do Rio Grande do Sul possam comercializar a produção com o preço mínimo de R$ 25,80 por saca de 50 quilos foram apresentadas na terça-feira (26) ao Governo Federal. A principal reivindicação é a adoção do preço meta.


Uma comitiva, liderada pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, esteve reunida com o chefe de gabinete da presidenta Dilma Roussef, Giles Azevedo, com o ministro da Agricultura, Vagner Rossi, e com o secretário de Políticas Agrícolas do ministério, Edílson Guimarães. O grupo, que também contava com a participação de representantes da Federarroz, Fetag e Farsul, depois de apresentar as dificuldades enfrentadas pela lavoura orizícola, apesar das diversas medidas já adotadas pelo Governo Federal para forçar a elevação do preço praticado no mercado, propôs uma nova alternativa.

O preço meta, segundo o Mainardi, poderia ser utilizado como um destes mecanismos. "Uma das possibilidades é que se pegue o preço médio praticado na semana e que este passe a ser o valor base de comercialização da semana seguinte, com o Governo subsidiando a diferença que separa este do Preço Mínimo, para que o produtor possa receber pelo menos R$ 25,80 por saca", explicou o secretário.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, depois de reconhecer que o Governo Federal, tendo o Governo do Estado como interlocutor, tem atendido várias reivindicações do setor, disse que pelo menos duas conquistas foram obtidas. "O ministro Rossi anunciou que, nesta quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional deverá aprovar uma nova prorrogação dos Empréstimos do Governo Federal (EGFs) da safra passada, cobrindo o 100% dos valores contraídos pelos produtores. E, de outro lado, assegurou que teremos um novo prazo para acessar o Produsa, um programa para financiar a recuperação das perdas causadas pelas enchentes do ano passado". Na opinião de Rocha, foram duas importantes vitórias.

Os produtores pediram, ainda, congelamento dos vencimentos dos empréstimos obtidos pelos arrozeiros, a doação dos excedentes da produção e a suspensão das importações de arroz. Além do preço meta. Mainardi, que representava o governador Tarso Genro, afirmou que sai com expectativa positiva dos encontros, pois a presidenta Dilma Roussef tem demonstrado sensibilidade para com este problema, tanto que nunca foi injetado um volume tão grande de recursos para debelar uma crise no setor arrozeiro no Estado.


Conab
O grupo também foi à Conab, onde esteve reunido com o novo presidente da companhia, Evangevaldo Moreira dos Santos. Além de propor a discussão de um plano de investimentos para aumentar a capacidade de estocagem no Rio Grande do Sul, também solicitou flexibilização das exigências para credenciamento de armazéns.

"As aquisições que o Governo pretendia fazer não deslancharam - das 200 mil toneladas previstas foram adquiridas apenas 15 mil - porque as exigências são muitas", explicou Rocha, aproveitando para informar que nos próximos dias o superintendente regional da Conab irá a Brasília para debater com a direção nacional medidas que possam dar mais agilidade e resolutividade as este processo.

A atual capacidade de estocagem, segundo Mainardi, é uma questão que preocupa. "Devemos colher 28 milhões de toneladas, temos um estoque da safra passada, e apenas 24,5 milhões de capacidade para armazenar, razão que nos leva, desde já, a começar buscar alternativas para que não tenhamos, na próxima safra, um colapso na estocagem de nossa produção", concluiu o secretário.

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