Estatais entram no jogo e China compra mais dos EUA

O volume de compras da China de soja norte-americana mais do que dobrou na semana passada, para atingir quase 60 cargos, à medida que as indústrias estatais aumentaram as compras dos EUA na segunda metade da semana antes das negociações comerciais EUA-China na próxima quinta-feira. Foi isso que informou a T&F Consultoria Agroeconômica. 

“Os industriais chineses já haviam contratado cerca de 30 cargas de soja brasileira de nova safra entre segunda e quarta-feira da semana passada, antes de industriais estatais intervirem. A outra metade do volume da semana passada foi em grande parte embarques de soja dos EUA a partir do Golfo. A demanda chinesa se concentrou principalmente na soja dos EUA durante a sessão comercial na sexta-feira - tanto Cofco quanto Sinograin buscaram mais embarques do Golfo dos EUA. Pelo menos um carregamento de setembro do Golfo foi dito ter negociado em torno de 218-220 c/bu sobre os futuros de setembro em uma base CFR China”, comenta. 

Nesse cenário, as ofertas para envio de outubro foram de 220 c/bu sobre os futuros de novembro versus ofertas em 225-226 c/bu sobre os futuros de novembro. “De safra velha a soja brasileira para embarque para a China no quarto trimestre foi oferecida de 20 a 25 c/bu acima, o que não atraiu o interesse de nenhuma empresa. O indicador-6 CFR China para o embarque de setembro de soja brasileira subiu 5 c/bu no dia para 245 c/bu em relação aos futuros de setembro, o que equivale a US$ 410/mt, um aumento de US$ 0,25/mt em relação à avaliação anterior”, completa. 

“Na China, as margens de esmagamento estavam sob pressão à medida que as indústrias colocavam posições curtas nos futuros de farelo de soja e de óleo de soja para margens de hedge. O contrato de farelo de soja mais líquido em Dalian caiu 0,42%, para CNY2.862/mt (US$ 411,21/mt) e o contrato de óleo de soja mais ativo amenizou 1,71% para CNY6.196/mt ($890,23/mt)”, conclui.