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Estratégias para assegurar a rentabilidade no trigo

Embrapa Trigo participa da Expodireto apontando alternativas para melhorar a rentabilidade e a liquidez do trigo na Região Sul


A Embrapa Trigo participa da Expodireto apontando alternativas para melhorar a rentabilidade e a liquidez do trigo na Região Sul. Além de cultivares direcionadas a diferentes mercados, também serão apresentadas alternativas para reduzir custos de produção.

Na Embrapa, as linhas de melhoramento genético de trigo têm sido direcionadas para atender os diferentes mercados consumidores. Na Expodireto serão apresentados trigos para a panificação (BRS Parrudo e BRS Marcante), trigo para biscoito (BRS 374), trigo branqueador (BRS 327), trigo para exportação (BRS Reponte) e trigos para a alimentação animal (BRS Tarumã e BRS Pastoreio). “No cenário atual, não basta apenas escolher a cultivar mais produtiva, é preciso definir o mercado antes da implantação da lavoura visando a liquidez do produto a ser colhido”, alerta o pesquisador da Embrapa Trigo Eduardo Caierão.

Redução de Custos 

No Rio Grande do Sul, a produção de trigo é maior do que o consumo local, geralmente resultando num excedente que acaba tendo baixa liquidez no mercado brasileiro. Com o objetivo de criar alternativas para essa situação, a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS) demandou à Embrapa Trigo apoio no desenvolvimento e validação de um sistema de produção de trigo destinado à exportação, visando menor risco e maior retorno econômico possível ao produtor.

Frente ao problema, a Embrapa e a Fecoagro/RS articularam uma rede de validação do sistema de trigo para exportação, envolvendo cooperativas no Rio Grande do Sul: Coopatrigo (São Luiz Gonzaga), Cotricampo (Campo Novo), Cotrirosa (Santa Rosa) e Cotripal (Panambi); além da  Embrapa Trigo (Coxilha).

Em cada local, foi caracterizado o manejo (insumos e práticas culturais) utilizado pela maioria dos produtores de trigo e definidos ajustes em práticas como adubação de semeadura e cobertura, densidade de semeadura e uso de defensivos. Também, foi testada a substituição da cultivar em uso na região por material com características de potencial produtivo, rusticidade e qualidade tecnológica mais apropriada para o sistema de trigo exportação.

Os resultados das validações em cada cooperativa demonstraram que os ajustes no manejo e em escolha de cultivares com foco no sistema para exportação permitiram reduções médias no custo de produção de 8,98% a 18,7% na safra 2016 e de 8,8% a 24,3% na safra 2017 com manutenção dos níveis de rendimento de grãos. Além disso, na maioria das situações, que envolveram uma safra favorável (2016) e outra desfavorável (2017), os ajustes realizados com foco no trigo exportação aumentaram a receita líquida ou reduziram as perdas em relação ao sistema utilizado tradicionalmente.

Do ponto de vista de qualidade tecnológica, na maioria das situações, os parâmetros obtidos foram compatíveis com as exigências para exportação, com valores superiores a peso do hectolitro 78, número de queda acima de 300, teor de proteínas totais nos grãos acima de 12% e força de glúten com valores em faixa aceitável para exportação (que caracterizam trigos das classes comerciais Básico ou Doméstico). 

“Os resultados indicam que a validação proposta permitiu verificar a compatibilidade dos sistemas com a redução de custos mantendo o potencial produtivo em níveis elevados e com a qualidade tecnológica demandada pelo mercado externo”, explica o pesquisador João Leonardo Pires.

O trabalho será apresentado no Fórum Cultura do trigo, que acontece no dia 7 de março, às 13h30, no Auditório Central durante a Expodireto.

Fórum cultura do trigo

Dia 7 de março, 13h30 – Auditório Central
13h30- Abertura
Palestra O custo da produção agropecuária no Brasil comparado a outros países, com ênfase na cultura do trigo
Antonio da Luz – economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL)

14h10- Palestra Sugestões para a melhoria da produção e comercialização do trigo no Rio Grande do Sul
Luiz Carlos Pacheco – analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas

14h50- Palestra Desenvolvimento de sistema de produção para trigo exportação em cooperativas do Rio Grande do Sul
João Leonardo Fernandes Pires – pesquisador em Sistemas de Produção da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Trigo)

15h10 – Discussões e encaminhamentos

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