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Estudantes colombianos conhecem pesquisas de aquicultura na Embrapa

Um grupo de alunos e professores do IALL, em intercâmbio no Amazonas, veio conhecer um pouco das pesquisas da Embrapa na área de piscicultura.


Um grupo de alunos e professores do Instituto de Aquicultura da Universidade de los Llanos (IALL), da Colombia, em intercâmbio no Amazonas, veio conhecer um pouco das pesquisas da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) na área de piscicultura. Na terça-feira, 21 de junho, o grupo assistiu palestra da pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Fernanda Loureiro Almeida O'Sullivan, que explicou sobre a estrutura nacional da Embrapa e como é a atuação da Unidade sediada em Manaus, com enfoque nas pesquisas em piscicultura. Após a palestra, a pesquisadora apresentou aos estudantes alguns dos laboratórios e experimentos.

Os estudantes colombianos cursam medicina veterinária e zootecnia e estão na fase de aprofundar o conhecimento em aquicultura. O grupo está realizando intercâmbio no Amazonas, visitando instituições de pesquisa, universidade e produtores.

Na área de piscicultura, uma equipe de seis pesquisadores da  Embrapa Amazônia Ocidental desenvolve trabalhos em sistemas de produção, sanidade de peixes, reprodução e nutrição.  Os estudos envolvem também pesquisadores de outras que áreas que interagem com a piscicultura. Além destes, são envolvidos diretamente quatro alunos de doutorado, dois alunos de mestrado, nove estudantes de graduação em iniciação científica, e dois bolsistas de apoio técnico. Os trabalhos são voltados prioritariamente para três espécies: o tambaqui (Colossoma macropomum), matrinxã (Brycon amazonicus) e pirarucu (Arapaima gigas).

A professora da Universidade de los Llanos, Martha Yossa disse que na graduação e pós- graduação em seu Instituto na Colômbia se consulta bastante as publicações geradas pelas pesquisas da Embrapa, por isso o interesse em conhecer de perto o trabalho realizado pela empresa de pesquisa. "A Embrapa é referência, consultamos as publicações e fazemos muito uso delas. Quando pensamos em vir ao Amazonas, Embrapa não podia ficar de fora", disse Yossa.

O Instituto da Universidade de los Llanos fica situado na cidade de Villavicêncio, capital do departamento de Meta, região dos Llanos Orientales. Yossa destacou que o Instituto dá ênfase na pesquisa com espécies nativas da bacia do Orenoco, que tem muitos aspectos em comum ou similares com a bacia Amazônica. O rio Orenoco é um dos principais rios da América do Sul, com a terceira maior bacia hidrográfica do continente. Além de conhecer as pesquisas e projetos de produção feitos no Brasil, a proposta desse intercâmbio é fazer contatos para trocar informações.

A professora Martha Yossa cita entre as espécies de peixes em comum, que existem em sua região dos Llanos Orientales e o Amazonas e que são estudadas em seu Instituto, o Colossoma macropomum, que na Colômbia é conhecido como cachama negra e no Brasil como tambaqui, assim como também o Piaractus brachypomus, Cuvier, denominado na Colômbia como cachama blanca e na região amazônica conhecido por pirapitinga. Também são pesquisadas espécies do gênero Brycon, como o peixe yamú, de nome científico Brycon siebenthalae, entre outros. No Amazonas, uma espécie desse gênero é o matrinxã, de nome científico Brycon amazonicus.  "Tem muita coisa em comum e muita informação que se pode trocar sobre o conhecimento das espécies", destacou a professora colombiana.

A visita dos estudantes é coordenada pelos professores do IALL, Martha Yossa e Juan Ramirez, e conta com o apoio do professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam),  Wallice Paxiúba Duncan, do Instituto de Ciências Biológicas. Duncan explicou que a Ufam é parceira da Universidade colombiana e está sendo o elo de ligação para as visitas no Amazonas, que incluem além da Embrapa, a estação de piscicultura de Balbina, a fazenda da Ufam,  o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e produtores. Sobre a visita na Embrapa, Duncan disse que ele e os alunos estavam "muito encantados com os trabalhos realizados na Embrapa, com o que é produzido nas informações cientificas e aplicadas". Para a estudante da Universidade colombiana, Diana Barbosa, as informações foram muito interessantes e ela espera que possa ajudar no conhecimento dos estudantes e das pesquisas para o desenvolvimento da aquicultura em seu País.

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