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Estudo aponta ganho com uso de soja transgênica

A estimativa é que os produtores rurais brasileiros deixaram de acumular benefícios da ordem de US$ 4,6 bilhões na última década



Um estudo da Consultoria Céleres, encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), aponta que devido os entraves burocráticos, jurídicos e ideológicos que imobilizaram o desenvolvimento da pesquisa e a aplicação da biotecnologia no País, os produtores rurais brasileiros deixaram de acumular benefícios da ordem de US$ 4,6 bilhões na última década, apenas com a soja geneticamente modificada (GM). Uma das principais conclusões do levantamento “Benefícios econômicos e ambientais da biotecnologia no Brasil”, lançado nesta segunda-feira (05-02) durante o Show Rural 2007, fala da diferença entre o realizado e o potencial, US$ 3,1 bilhões, um valor que seria relevante para o produtor de soja, que nos últimos dois anos viu o setor viver umas das piores crises da história recente, além de beneficiar o Tesouro Nacional, que não necessitaria de um maior grau de intervenção na crise. De acordo com a Diretora-Executiva do CIB, Alda Lerayer, esses resultados apontam de maneira irrefutável as perdas que o agricultor vem acumulando nos últimos anos em razão de questões que fogem do escopo técnico-científico. “Existe uma necessidade urgente de mudança no cenário nacional no que diz respeito à adoção da biotecnologia, pois os entraves que hoje existem no País somente beneficiam nossos concorrentes diretos no mercado internacional”, avalia a porta-voz do Conselho. Sistema regulatório X Crescimento Ao analisar as conseqüências do atraso na adoção dos transgênicos e os impactos causados na economia nacional – tomando como exemplo a soja GM, cuja liberação comercial no Brasil foi aprovada apenas em 2003 –, o estudo contempla vantagens que a biotecnologia traria, do ponto de vista econômico e ambiental, e como esta ciência pode influenciar as metas de desenvolvimento sustentável, bem como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado recentemente pelo Governo Federal. Desde o início da adoção da soja GM, a exportação total do grão dobrou em volume, mostrando que o crescimento da biotecnologia não influenciou negativamente o aumento das vendas externas. “Todas essas informações só confirmam que os agricultores têm a percepção dos benefícios diretos e indiretos da biotecnologia no agronegócio, e querem continuar seguindo por este caminho”, comenta Alda Lerayer, Diretora-Executiva do CIB. “Caso contrário os números estariam na descendente”, finaliza. Com base na metodologia usada para avaliar os benefícios socioeconômicos da soja, o levantamento também esboçou alguns cenários para os produtores de milho e de algodão na próxima década se a biotecnologia ficar de fora ou for dificultada. No caso da primeira cultura, os agricultores deixarão de acumular US$ 6,9 bilhões. Em relação à segunda, considerando o mesmo período, o agronegócio perderá a chance de absorver US$ 2,1 bilhões. Porém, vale destacar que no caso do milho e do algodão, é necessário à realização de novos estudos, à medida que a adoção do milho GM e do algodão se consolide no Brasil. As informações são da assessoria de imprensa da CIB.

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