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Estudo aponta que Brasil avança em segurança dos alimentos

Índice examina o estado dos sistemas alimentares de 113 países


Foto: Marcel Oliveira

Um estudo global, que avalia 113 países, avaliou que o Brasil avançou em qualidade e segurança dos alimentos. A análise que inclui elementos como acesso, disponibilidade, qualidade e segurança dos alimentos e recursos naturais e resiliência, mostrou que a segurança alimentar do país atingiu pontuação de 88,9, avançando 5% em relação ao ano anterior.

A segurança alimentar é definida como o estado em que as pessoas têm acesso físico, social e econômico a alimentos suficientes e nutritivos que atendam às suas necessidades alimentares para uma vida saudável e ativa. Essa definição é internacionalmente aceita e foi estabelecida na Cúpula Mundial da Alimentação de 1996.

O Índice Global de Segurança Alimentar (Global Food Security Index - GFSI, em inglês), foi desenvolvido pelo Economist Intelligence Unit (EIU), divisão de pesquisa britânica. “O GFSI é um recurso vital para ajudar a cumprir nosso propósito de enriquecer as vidas daqueles que produzem e daqueles que consomem, garantindo assim o progresso das próximas gerações”, afirma Jim Collins, CEO da Corteva Agriscience, patrocinadora do estudo.

O GFSI também incluiu “Recursos Naturais e Resiliência” como a quarta categoria principal. Isso marcou uma mudança significativa na metodologia, revelando a resiliência dos sistemas alimentares frente às mudanças climáticas. Os subindicadores nesta categoria incluem dependência de importação de alimentos, gestão de risco de desastres e crescimento populacional projetado. 

De acordo com o índice a América Latina teve desempenho acima da média global nesta categoria e o Brasil ocupou a nona posição na região, mas continua vulnerável a eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões, além de secas. Chuvas irregulares e temperaturas acima da média entre junho e julho de 2019 levaram a um segundo ano consecutivo de quebra de safra no ‘Corredor Seco’ na região. 

Em 2020, o relatório da EIU, também levou em consideração os desafios do sistema alimentar na América Latina, como aumento dos preços dos alimentos, inflação e contração econômica, cresceram significativamente devido à COVID-19. A pandemia também revelou as limitações de capacidade nos programas de segurança alimentar, que levam a interrupções significativas na segurança alimentar.

“O GFSI 2020 mostra que a segurança alimentar está em declínio globalmente devido à pandemia, desigualdades sistêmicas e fatores de longo prazo, como as mudanças climáticas, que podem agravar quaisquer vulnerabilidades existentes em regiões como a América Latina”, diz Marcio Zanetti, Gerente Geral do Economist Intelligence Unit para o Brasil.


 

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