CI

Estudo da Emprapa quer reduzir o custo do cultivo do morango

A baixa lucratividade fez produtores paulistas desistirem da atividade


Um estudo da Emprapa quer reduzir o custo do cultivo do morango. Na região de Jarinu, em São Paulo, muitos produtores desistiram da atividade por causa da baixa lucratividade.

O agricultor Márcio Gomes é meeiro na lavoura de morangos onde há mais de 200 mil pés. Pouca chuva e frio ajudaram a fruta e ele percebeu que a safra deste ano será mais produtiva. “Eu espero que seja cerca de 30%”, disse.

A produtividade compensará a redução de plantio nas regiões de Jarinu e Atibaia. Em 2009, eram nove milhões de pés. Este ano, são sete milhões. O presidente da associação que representa os agricultores Osvalo Maziero contou que muitos estão desanimados com os custos de produção e com a falta de mão de obra.

“O jovem não quer mais ficar no campo. Então, o pessoal está procurando as fábricas e também o alto custo de produção que a lavoura precisa. Então, é um fator que foi negativo no ano passado. O tempo foi ruim. O clima não ajudou. Desestimulou muito o produtor”, explicou Maziero.

A pesquisa da Embrapa na região é a esperança para os produtores que querem investir em pequenas áreas com maior lucratividade. Os pesquisadores querem saber no campo experimental se é possível produzir morango de qualidade utilizando o mínimo possível de agrotóxico.

A variedade plantada no dia primeiro de abril e só recebeu duas pulverizações. É comum os agricultores da região pulverizarem ao menos uma vez por semana. Nem por isso houve perda. A produção está indo muito bem.

A lavoura foi cercada e o agricultor José Rodrigues monitora tudo. E faz isso pelo menos duas vezes por semana. “Eu ano grilo, aranha, pulgão, baratinha e o ácaro”, enumerou.

Dois quartinhos foram construídos para separar as ferramentas dos agrotóxicos, que, praticamente, estão sem uso. “Favorece-se o meio ambiente, o trabalhador e o consumidor, que no final tem um produto de qualidade e seguro. Essas são as principais vantagens que a gente está vendo até agora”, avaliou Humberto Rosente, secretário de Agricultura de Jarinu.

Os pesquisadores plantaram quatro variedades de morango. No final dos testes, eles vão saber as que produziram mais com o menor uso de agrotóxico.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.