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Estudo mapeia produção de cachaças e aguardentes

São cerca de 4,7 mil marcas das duas bebidas


Foto: Pixabay

A cachaça e a aguardente estão na identidade regional do Brasil. Em 1502 os portugueses trouxeram as primeiras mudas de cana-de-açúcar e o primeiro engenho foi instalado em Pernambuco entre 1516. A cachaça teria surgido ou em Pernambuco, ou em Porto Seguro ou no litoral de São Paulo. Mesmo diante da imprecisa~o de data da primeira destilac¸a~o no Brasil, e´ possi´vel afirmar que a cachac¸a foi o primeiro destilado da Ame´rica a ser feito em larga escala e ter releva^ncia econo^mica.

É preciso diferenciar os nomes: aguardente é o nome de qualquer bebida obtida a partir da fermentação de vegetais doces. Já cachaça é o nome da aguardente de cana-de-açúcar. De lá para cá o país evolui na fabricação das bebidas e soma 4.003 marcas de produtos classificados como cachaça e 701 de aguardente de cana registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  Os dados estão na publicação “A Cachaça no Brasil: Dados de Registro de Cachaças e Aguardentes”, popularmente conhecida como anuário das bebidas.
 
Estão registrados 1.086 produtores de aguardente e de cachaça, sendo que 165 produzem as duas bebidas; 192 produzem apenas aguardente e 729 produzem apenas cachaça. O número é menor do que em 2018, quando o país tinha 1.397 produtores.

Na cachaça, considerando-se o ano de 2019, os produtores totalizaram 894 estabelecimentos registrados no Mapa. O estado de Minas Gerais ocupa a primeira posição na produção de cachaças, sendo que o número de produtores registrados é quase o triplo do segundo colocado, São Paulo. A Região Sudeste concentra 622 estabelecimentos registrados, sendo que Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro juntos concentram aproximadamente 70% dos produtores de cachaça registrados. Apenas o estado de Roraima não possui nenhum estabelecimento registrado.

Já na aguardente o número de estabelecimentos registrados aptos a produzirem aguardente teve uma redução de 41,57% em relação ao ano anterior. Os dez primeiros estados com mais estabelecimentos registrados para a produção de aguardente são Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Bahia. Considerando o número de marcas de produto aguardente, (701) houve uma redução de 62,35% em relação ao ano anterior. Não há registro de produto aguardente e, consequentemente, nenhuma marca de aguardente nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Realizado pela primeira vez este tipo de estudo sobre a bebida genuinamente brasileira, o intuito do mapeamento é fazer uma base para a construção de políticas públicas e ter números oficiais e atualizados para evitar cada vez mais a ilegalidade. O setor emprega 600 mil pessoas e movimenta em receita, com as exportações,  aproximadamente US$ 14 milhões anuais.

O anuário pode ser visto na íntegra neste link.
 
 

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