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Etanol é a nova aposta das empresas indianas

Empresas indianas estão no País pesquisando oportunidades no setor


A crescente demanda por etanol está mobilizando investidores de várias partes do mundo. É o caso de empresas indianas, que se encontram no País pesquisando oportunidades no setor, segundo confirmou a este jornal o cônsul geral da Índia, Rajeev Qumar.

A indiana Bajaj Hindunstan já definiu seus planos. Pretende gastar US$ 500 milhões na compra de uma usina de açúcar e álcool no Brasil. A empresa não descarta ainda a possibilidade de adquirir terras para o plantio da cana. "Outras quatro ou cinco empresas também mostraram interesse em investir no setor de álcool do Brasil, algumas trabalhando, inclusive, em esquema de consórcio para minimizar os riscos", garante o consultor Rakesh Vaidyanathan, da empresa The Jai Group.

O escritório de advocacia Machado Associados também constatou a tendência. De acordo com a advogada Fabíola Costa Girão Vaidyanathan, no último ano o escritório recebeu consulta de dez empresas e um banco de investimento interessados em investir no Brasil. A maioria deles, garante Fabíola, procura a área de usinas de etanol.

Apesar do interesse indiano, a burocracia brasileira aliada às dúvidas em relação às dívidas dos agricultores têm atrapalhado o andamento dos negócios. "Não é fácil investir no Brasil e é difícil também entender os passivos do setor", afirma o consultor Jiancharlo Oliveira, que também atua na The Jai Group. Diante disso e dos preços considerados ainda altos pelos indianos eles vão esperar ainda um pouco mais para investir. Além disso, garantem os especialistas, a Índia teve uma safra muito boa esse ano e isso dá fôlego para as empresas esperarem um pouco mais para investir.

Mas o investimento é certo, dizem os consultores. Hoje 9 dos 30 estados chineses são obrigados a usar 5% de etanol na gasolina. A intenção do governo é aumentar esse percentual para 10% e atingir todos os estados. Isso só não foi feito ainda porque não há capacidade de produção. "As empresas consideram a idéia tanto de comprar quanto investir no Brasil porque a tecnologia aqui é bem avançada", diz Jiancharlo Oliveira, lembrando ainda que na Índia o tamanho das fazendas é limitado a 6 hectares.

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