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EUA não aprovam rótulo que liga glifosato ao câncer

"É irresponsável exigir rótulos em produtos que são imprecisos"


A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) disse que não vai mais aprovar rótulos de advertência que afirmam que o herbicida glifosato causa câncer, chamando a declaração de "falsa e enganosa". A decisão, emitida na quinta-feira, é um impulso para a gigante de agricultura norte-americana Monsanto e sua controladora alemã Bayer, que foi atingida por uma onda de ações judiciais contra seu principal herbicida. 

A Califórnia decidiu em 2017 que os pesticidas devem conter rotulagem para refletir a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que há dois anos é "provavelmente cancerígeno". Mas, em uma carta para empresas, a EPA citou sua própria avaliação, de 2017, que dizia conter um conjunto de dados mais extenso. 

"É irresponsável exigir rótulos em produtos que são imprecisos quando a EPA sabe que o produto não representa um risco de câncer. Não permitiremos que o programa defeituoso da Califórnia dite a política federal", disse Andrew Wheeler, administrador da EPA, em comunicado. 

Os júris da Califórnia também distribuíram prêmios de danos de sucesso em três casos contra a Monsanto, onde as vítimas de câncer argumentaram com sucesso que o herbicida era a causa provável de suas doenças, embora cada um dos valores tenha sido reduzido posteriormente. A Áustria tornou-se o primeiro membro da União Europeia a proibir todo o uso de glifosato em julho, com restrições também em vigor na República Tcheca, Itália e Holanda. 

Os oponentes do projeto de lei austríaco consideram o contador de proibição à lei na UE, que no final de 2017 renovou a licença para o glifosato por mais cinco anos. 

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