EUA se prepara para a peste suína africana

Um surto de peste suína africana nos Estados Unidos seria devastador em termos de perda de animais e impacto econômico, razão pela qual as indústrias de gado e rações devem ter um plano para conter e erradicar o vírus, caso encontrar uma maneira de entrar, disse Cassandra Jones, professora/coordenadora de ensino da ASI, Kansas State University.

Jones revisou a preparação dos Estados Unidos caso haja uma infecção por ASF, incluindo a provável resposta planejada, bem como alguns desafios a serem considerados, durante uma sessão de biossegurança na International Production & Processing Expo (IPPE) em janeiro em Atlanta, Geórgia, EUA.

Chamando-o de tanque blindado de vírus, Jones disse que o ASF é um vírus extraordinariamente estável que não se degrada em condições ambientais típicas. Além disso, pode haver várias semanas entre a infecção e os sintomas clínicos e nenhuma vacina ou tratamento está disponível no momento. Caso a PSA fosse detectada nos Estados Unidos, o governo provavelmente emitiria uma ordem de parada de 72 horas no movimento de animais para que pudesse avaliar a localização do vírus. Em seguida, praticaria “afastar” os animais infectados e os animais dentro de um determinado raio deles.  “Essas são medidas bastante extremas, mas não temos a opção de mudar para uma vacina ou tratar isso”, disse ela.

A PSA não afetaria apenas a indústria suína, mas toda a indústria agrícola, disse Jones. No sudeste da Ásia, a ASF reduziu coletivamente as vendas e a fabricação de ração para suínos em cerca de 50%. “Mesmo que tenhamos visto entidades tentando reconstruir e repovoar as populações, continuamos vendo o fornecimento doméstico geral de ração menor ano a ano devido a esses desafios significativos na saúde animal que a doença continua trazendo”, disse Jones.