Europa em crise de lúpulo: E AGORA?

O verão seco de 2022 levou a uma queda na colheita de lúpulo e a um declínio na qualidade do do produto para os produtores europeus. Como alternativa, é oferecido o cultivo hidropônico de uma valiosa cultura cervejeira diretamente na fábrica.

A Copa-Cogeca, uma organização que representa os agricultores europeus e o setor agroalimentar da UE, publicou recentemente um relatório destacando o declínio acentuado na produção de lúpulo nas fazendas. Citando o clima extremo causado pelo aquecimento global como um fator importante, a organização prevê um declínio de 28,6% nas safras de lúpulo este ano em comparação com 2021, escreve James Davies em um artigo publicado pela FoodIngredientsFirst.  

A entidade também prevê uma redução de 37,8% na produção de alfaácidos, um dos principais compostos amargos do lúpulo. Além da própria indústria de lúpulo da UE, que já está lutando com o aumento dos custos de produção, como preços de fertilizantes e custos trabalhistas, esta colheita ruim marca um revés tanto para a indústria cervejeira quanto para os bebedores de cerveja, pois a cerveja fica mais cara.

“No maior país produtor da UE, a Alemanha, o rendimento e a qualidade do lúpulo em 2022 foram muito inferiores aos de 2021 (-28,6% de rendimento e -40,3% de teor de ácido alfa) devido à seca, calor e granizo. Em média, foram relatados custos adicionais de € 2.500 (US$ 2.591) por hectare. Com o aumento dos custos de produção e com a maioria dos agricultores vinculados a contratos de longo prazo, esse declínio na renda ameaça os meios de subsistência dos produtores de lúpulo e dos sistemas tradicionais de cultivo. A redução adicional dos produtos fitofarmacêuticos disponíveis resultará em rendimentos mais baixos e pior qualidade do lúpulo. Enquanto as proibições sem alternativas viáveis estão apenas empurrando os produtores europeus de lúpulo para fora do negócio”, disse CEO e fundador da Eatable Adventures, José Luis Cabanero.