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Europa proíbe pesticida responsável por exterminar abelhas

Ligado à morte de centenas de abelhas


A União Europeia decidiu na sexta-feira (27.04) pela proibição de uma linha de pesticidas denominada neonicotinoides, que era amplamente utilizada no controle de pragas e foi responsabilizada pela morte de centenas de abelhas. A decisão foi apoiada pela maioria dos Estados membros, que representam cerca de 65% da população em pelo menos 16 diferentes países. 

De acordo com uma declaração feita pela UE, foram proibidos os três diferentes tipos de neonicotinoides, sendo o imidacloprida, clotianidina e tiametoxam. Em entrevista ao jornal The Guardian, o comissário europeu para saúde e segurança alimentar, Vytenis  Andriukaitis, afirmou que essa é uma regulamentação que se baseia em uma série de pesquisas que comprovaram a periculosidade do agroquímico para as abelhas. "A saúde das abelhas continua sendo de extrema importância para mim, uma vez que diz respeito à biodiversidade, à produção de alimentos e ao meio ambiente", destaca. 

Com a nova regulamentação, os pesticidas dessa linha serão permitidos apenas para o cultivo em estufas permanentes e que não abriguem abelhas. Para Martin Dermine, da Rede Europeia de Ação contra Pesticidas, essa é foi uma votação histórica e que abriu possibilidades para práticas sustentáveis de produção. "A maioria dos países membros deu um sinal claro de que nossa agricultura precisa de transição", pontua ele. 

A UE já havia imposto restrições aos três produtos em 2013, porém a Syngenta e a Bayer, que estão entre as maiores empresas do setor químico, haviam apelado da decisão que ainda está em andamento no tribunal europeu. A nova regra começará a valer oficialmente daqui a seis meses, antes mesmo do final de 2018. 

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