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Evento estimula agricultura sustentável na Zona da Mata em MG

Integração Lavoura, Pecuária e Floresta é incentivada pelo programa federal de redução de carbono


Integração Lavoura, Pecuária e Floresta é incentivada pelo programa federal de redução de carbono

Pelo quinto ano consecutivo, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), se prepara para o Circuito Zona da Mata de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). A previsão é que sejam realizados dez dias de campo, com encerramento na Semana do Fazendeiro, evento da Universidade Federal de Viçosa (UFV) programado para o mês de julho. Como nas edições anteriores, o circuito 2012 percorrerá vários municípios da região para debater e mostrar as vantagens do sistema ILPF na recuperação de pastagens degradadas, por meio da técnica que concilia as atividades de lavoura, pecuária e floresta.


“Estamos na fase final de organização da 5ª edição do circuito, aguardando resposta de patrocinadores, acompanhando a evolução das unidades implantadas e acertando a agenda (datas) dos eventos”, explica o coordenador técnico da regional Emater-MG de Viçosa, Rogério Jacinto Gomes. Segundo o agrônomo, desde que a regional começou a trabalhar com a técnica de ILPF, o que incluiu a criação formal de um circuito para este fim, foram promovidos 95 dias de campo, com a participação de 9.206 pessoas; um workshop, em 2008, para 215 participantes; 17 treinamentos para 286 participantes; e 139 unidades demonstrativas que ocupam 375 hectares.

A exemplo de outras técnicas voltadas para a adoção de uma agricultura cada vez mais sustentável e preocupada com a preservação do meio ambiente, o sistema ILPF vem ganhando força em Minas e no país. Em nível nacional, foi lançado pelo governo federal, em 2010, o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, como parte de acordo internacional assumido pelo Brasil, em Copenhague, para reduzir os impactos do aquecimento global (efeito estufa), provocados pela emissão de gases, entre eles, o dióxido de carbono (CO2). O programa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), destina recursos para agricultores e cooperativas financiarem seis práticas agrícolas, entre elas, a de ILPF. O limite de financiamento é de R$ 1milhão e taxas de juros de 5,5% ao ano. O prazo de pagamento pode variar de 8 a 15 anos, dependendo do projeto.

Em todo o Estado, segundo o coordenador estadual de Bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila, a empresa já vem há alguns anos atuando em consonância com a visão de sustentabilidade do ABC. “Somente em Minas Gerais, com recursos e apoio institucional da Secretaria Estadual de Agricultura, foram treinados, no foco ABC, 600 extensionistas da Emater-MG. Também foram implantadas 1.400 unidades demonstrativas nas diversas regiões mineiras, juntamente com a Epamig, Embrapa Milho e Sorgo e o agropecuarista mineiro, para avaliação, troca de conhecimentos e experiências compartilhadas”, explica Ávila.


A proposta da Agricultura de Baixo Carbono é que a produção agrícola e pecuária garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e maior proteção ao meio ambiente, objetivos também de vários projetos do Governo de Minas. Além da Epamig e Embrapa, o Programa Estadual de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta também tem a participação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), empresas privadas e produtores rurais. O coordenador regional de Viçosa pontua as quatro principais ações do Circuito Zona da Mata de ILPF: desenvolvimento da tecnologia para as condições da região Zona da Mata, por meio de pesquisas; acompanhamento das unidades demonstrativas, nas fases de implantação e resultados; apresentação do sistema ILPF aos produtores; e treinamentos de técnicos.

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