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Evialis investirá R$ 25 milhões em suas operações no Brasil

Com isso a companhia pretende crescer cerca de 10%, e faturar mais de R$ 550 milhões no País


A empresa francesa Evialis pretende investir mais de R$ 25 milhões até o final de 2012, em suas unidades de fabricação e distribuição de ração animal, instaladas no Brasil. Com isso a companhia pretende crescer cerca de 10%, e faturar mais de R$ 550 milhões no País.


Com mais de 70 anos de atuação no Brasil, a Evialis, que pertence ao grupo francês Invivo, deve seguir os mesmos passos do grupo e cessar momentaneamente os aportes em novas unidades, dado as dificuldades geradas pela crise financeira européia, a alta nos preços das commodities agrícolas.

Segundo o novo diretor de Marketing Corporativo da Invivo, o brasileiro Gonzalo Rodriguez, o momento atual pede cautela às companhias, e o foco será no crescimento orgânico das unidades já existentes. "O momento não é propício para investimentos em aquisições; se me perguntar se hoje estamos de olho em alguma empresa direi que não. Não é o momento para isso dado as condições macroeconômicas internacionais com a crise na Europa, e a alta das commodities."

O brasileiro contou que o grupo francês é muito dinâmico no que se refere a oportunidades de aquisição e expansão da companhia, que adquiriu diversas empresas no mundo nos últimos três anos, incluindo no Brasil, com a compra da área de ração animal da Cargill, que incluí a marca Purina. "No momento vamos crescer organicamente e organizar as unidades que já temos. E após essa tormenta, sem duvida vamos voltar a adquirir empresas para ampliar a nossa atuação, não agora, mas assim que tudo se resolver. E descarto qualquer possibilidade de fecharmos e vendermos alguma unidade", disse, com exclusividade ao DCI, Gonzalo Rodriguez.

Entretanto os problemas financeiros mundiais, que fizeram a Evialis reduzir em 5% a sua perspectiva de crescimento no Brasil para a temporada 2011/2012, não afetaram os montantes previstos para investimentos nas 9 unidades de fabricação instaladas no Brasil. "Aqui no Brasil nós já temos planos aprovados de investimentos em nossas unidades, para aumento da capacidade industrial instalada, aumento da capacidade de armazenamento de matéria prima e produto acabado", disse ele, ao revelar que os aportes para a temporada 2011/2012 somarão R$ 25 milhões.


A Evialis também usará parte dessa verba para investir na rede de distribuição própria da companhia no País, e nos laboratórios de estudo que a companhia possui, como o novo laboratório de análise de rações animais, matérias-primas, suplementos e alimentos que a empresa inaugurou em Descalvado, no interior paulista em meados de outubro. "Para suportar a maior demanda em pesquisas e análises na área de nutrição, decidimos investir em um novo laboratório de análise de rações animais, que nos custou cerca de R$ 2 milhões para aumentar o espaço físico, a capacidade de operação e o número de colaboradores", contou.

O braço brasileiro da Invivo representa hoje cerca de 16% dos negócios totais do grupo internacional, e deve faturar R$ 550 milhões esse ano. Já o grupo mundial faturou 1,3 bilhão de euros na temporada 2010/2011, cerca de R$ 3,9 bilhões. "O Brasil tem a atuação mais importante do grupo inteiro, mais inclusive que a Ásia hoje. Através do Brasil vendemos para a Argentina, Chile, Uruguai entre outros." O executivo iniciou sua carreira na empresa em julho de 2004 no programa de Trainees (na época Cargill). Em setembro de 2006 foi promovido a gerencia de marketing e dois anos depois chegou à diretoria de marketing da Evialis no Brasil. Agora O Grupo InVivo acaba de nomear o brasileiro, Gonzalo Rodriguez, como o novo diretor de marketing corporativo, posto que será ocupado pela primeira vez por um estrangeiro que deverá exercer as novas funções na França. "Uma das minhas primeiras responsabilidades é justamente estabelecer, construir e desenvolver essa troca de melhores práticas. O grupo cresceu muito em pouco tempo, e hoje vemos possibilidades de cruzar informações e estabelecer sinergias que não explorávamos."

No Brasil o executivo frisou que a ideia é continuar apostando na área de ruminantes, que responde por mais de 50% do faturamento nacional, dado o crescimento dos confinamentos no País. "Esperamos o maior crescimento no nosso faturamento o setor de ruminantes, principalmente o confinamento que está crescendo no Brasil. O mercado de peixes já possuímos um market share muito interessante, mas pelo potencial de mercado ainda tem muito para crescer", garantiu o executivo brasileiro.

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