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Evolução dirigida atinge as plantas

"Esperamos que a nossa plataforma seja usada para a bioengenharia de culturas"


Uma equipe liderada pela Universidade King Abdullah de Ciência e Tecnologia (KAUST), da Arábia Saudita, desenvolveu uma nova plataforma para acelerar e controlar a evolução de proteínas dentro de plantas vivas. Com isso é possível afirmar que a evolução dirigida, agora, chegou às plantas. 

Anteriormente, este tipo de sistema de evolução dirigida só era possível em linhas celulares de vírus, bactérias, leveduras e mamíferos. A pesquisa saudita, parte da KAUST Desert Agriculture Initiative, expandiu a técnica para arroz e outras plantas alimentícias. Isso significa que os criadores de plantas agora têm uma maneira fácil de projetar rapidamente novas variedades de culturas capazes de suportar ervas daninhas, doenças, pragas e outros estresses agrícolas. 

"Esperamos que a nossa plataforma seja usada para a bioengenharia de as culturas para melhorar as características-chave que afetam o desempenho e a imunidade a patógenos", diz o líder do grupo, Magdy Mahfouz. "Esta tecnologia deve ajudar a melhorar a resistência da planta em condições de mudança climática”, completa. 

Para construir experimentalmente sua plataforma de evolução dirigida, Mahfouz e seus colegas usaram uma combinação de mutagênese dirigida e seleção artificial na planta de arroz, Oryza sativa. Eles utilizaram a ferramenta de edição ADN CRISPR em mais de 100 locais por todo o gene SF3B1, que codifica uma proteína envolvida no processamento de outros genes transcritos. Esta estratégia acabou por produzir mais de 20 novas variantes de arroz com mutações que conferiram resistência ao herboxideno em vários graus, segundo o estudo. 

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