Exame andrológico é fundamental para saúde do rebanho
Dinâmica de pecuária realizada na Tecnoshow mostra que examesandrológicos são imprescindíveis para garantir vida saudável do touro
“O touro é a metade do rebanho, já que transfere seus genes nos cruzamentos”. Com essa idéia o médico veterinário da COMIGO Ubirajara Oliveira Bilego começou a dinâmica de pecuária destinada à conscientização da importância do exame andrológico no touro, que aconteceu nessa quinta-feira, na Tecnoshow.
Durante a atividade, o público lotou o pavilhão destinado às dinâmicas para ver a teoria apresentada pelo veterinário e também o exame andrológico na prática feito num touro nelore, no qual se realizou coleta de sêmen e análise por meio de um microscópio.
O veterinário defendeu que, para o touro desempenhar todo o seu potencial de reprodução, o animal deve ser colocado para cobertura de campo com idade ideal, sem ser muito jovem, ter boa condição corporal, que inclui água limpa, alimentação saudável e higienização, e ainda realização com freqüência do exame andrológico, que ajuda a prevenir doenças no aparelho reprodutor e tratá-las antes que sejam fatais. A profilaxia também é crucial para detectar se os espermatozóides estão em qualidade e quantidade desejadas. “Para gado de corte, o ideal é examinar o touro antes, durante e após a época de cobertura das vacas”, ressaltou Ubirajara.
A primeira etapa do exame consiste em análise clínica geral, onde é verificado no touro se há problemas de aprumos ou no casco. Já a segunda fase é referente ao exame específico do aparelho reprodutivo do touro, na qual são examinadas a circunferência escrotal, as glândulas sexuais acessórias, a próstata e as ampolas. Logo, o próximo passo é a coleta do sêmen para análise laboratorial.
Ubirajara explicou que existem várias formas de colher o material, como por intermédio de uma vagina artificial (utilizada para touros mais mansos), massagem das glândulas acessórias (indicada para animais mais jovens), eletroejaculação, esta última, demonstrada durante a palestra. “É necessário que o exame andrológico seja freqüente, pois o potencial reprodutivo do touro pode mudar ao longo do tempo. É preciso lembrar também que genótipo e pedigree não são garantias de fertilidade”, ressaltou o veterinário.
Perfil - Ubirajara Oliveira Bilego é médico veterinário graduado pela Universidade Federal do Mato Grosso, mestre em ciência animal pela Universidade Federal de Goiás e doutorando também em ciência animal pela mesma instituição. Trabalha na COMIGO há sete anos e atualmente está na área de pesquisa da cooperativa. As informações são da assessoria de imprensa do evento.