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Exclusão da cadeia do tabaco na OIT ficou para o segundo semestre

OIT pode encerrar parceria firmada com a cadeia produtiva do tabaco


A Organização Internacional do Trabalho pode encerrar parceria firmada com a cadeia produtiva do tabaco. A expectativa é de que o rompimento unilateral ocorresse já no mês passado. Contudo, a OIT adiou o encontro para o segundo semestre deste ano. De acordo com o secretário-executivo da Câmara Setorial do Tabaco, Marconi Albuquerque, o encontro ficou para junho ou novembro deste ano.

Para o presidente da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider, a ação pode por em cheque todos os avanços conquistados até o momento no combate ao trabalho infantil nas lavouras. Ele lembra que o setor do tabaco foi pioneiro em diversas medidas que ao longo dos anos foram também adotados por outros segmentos para conseguirem combater a exploração de crianças. 'Caso essa parceria seja extinta podemos perder consideráveis quantias em financiamento de campanhas contra o trabalho infantil no mundo todo', informa. 

Com o fim da parceria, as campanhas seriam financiadas a partir de então pela própria entidade, que não dispõe de recursos próprios. Atualmente, estima-se que indústria repasse a Organização 12,2 milhões de euros por ano. A sede da OIT é em Genebra, na Suíça.

Contraponto

De acordo com o Aliança de Controle do Tabagismo - organização não-governamental voltada à promoção de ações para a diminuição do impacto sanitário, social, ambiental e econômico gerado pela produção, consumo e exposição à fumaça do tabaco - atualmente a OIT é a única agência das Nações Unidas que ainda aceita dinheiro da indústria do tabaco. A principal entidade que pressiona o fim da parceria das indústrias de tabaco com a OIT é a Organização Mundial da Saúde.

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