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Expansão do PNCF no CE: mais 57 agricultores recebem título no interior

O evento contou com a exposição de uma feira de produtos agroecológicos e artesanais


O destaque do segundo dia do “Encontro Regional de Acesso à Terra, Assistência Técnica e Sucessão Rural”, realizado sexta-feira (09), no município de Crato, foi a entrega de 57 títulos de Crédito para agricultores familiares no interior do Ceará. Isso significa que novos contratos foram firmados com o Instituto Flor do Piqui, uma ONG parceira da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead) que, por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), transforma vidas no campo.

Raimundo Alves Rodrigues, de 34 anos, trabalhou por muito tempo em terra alugada ou arrendada. Hoje ele mora com mulher e filhos no assentamento Gravatá Besouro, onde vivem outras 31 famílias. Raimundo foi um dos 57 agricultores que receberam o título da propriedade. “Hoje a gente finalmente tem a terra para produzir alimento e criar animal nosso. Se não fosse o programa, não conseguiríamos essa benção. Tô realizado!”, comemorou Raimundo ao falar sobre a nova realidade da família.

O fiscal da Sead na área do Crato, Leandro Ferreira, representou a Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA) no evento. Ele acompanha o crescimento da agricultura familiar na região há mais de dez anos. “Quando o agricultor tem acesso à terra e à assistência técnica, ele desenvolve suas habilidades produtivas e se estrutura. Criam-se novas oportunidades na unidade coletiva e a sustentabilidade entra em um universo bem maior”, ressaltou.

Durante o encontro foi debatido o papel da Ater e de outras políticas públicas com foco na agricultura familiar, além de tratar sobre a juventude rural e a educação no campo para que o trabalho realizado seja preservado pelas próximas gerações. Também foram feitas entregas do Pronaf para beneficiários do PNCF e de contratos para renegociação dos beneficiários da Ater Sustentabilidade. 

O coordenador do Crédito Fundiário do Instituto Flor do Piqui, Carlos Freires, observou a importância de o pequeno produtor poder renegociar sua situação e ter outra oportunidade para mudar de vida. “A partir dessa medida, eles podem permanecer na terra, se estruturar e pagar direitinho. Para nós, enquanto instituição, é uma grande satisfação proporcionar ao homem do campo e sua família a viabilização da terra, com sustentabilidade e renda. Ver o desenvolvimento deles é ver o nosso desenvolvimento também”, destacou Freires.

O evento contou com a exposição de uma feira de produtos agroecológicos e artesanais. Várias bancas estavam lado a lado com produções desde frutas e verduras, até panos de prato e bonecas. As mulheres da agricultura familiar são as detentoras desse trabalho de mãos arteiras, passado de mãe para filha.

Para saber mais sobre o evento, clique aqui.

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