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Expoagro registrou público e negócios menores

A 41ª Exposição Internacional Agropecuária de Cuiabá (MT)registrou queda de faturamento e público



A 41ª Exposição Internacional Agropecuária, Comercial e Industrial de Cuiabá (Expoagro), registrou queda de faturamento e público, segundo números divulgados nesta segunda-feira (08-08) pela Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), entidade que organizou o evento. O faturamento total – dinheiro que circulou no Parque de Exposições – ainda não foi “fechado” pela Acrimat, mas o valor dos leilões, que concentra o maior volume de transações em moeda durante a Feira, atingiu R$ 9,07 milhões. Em relação ao ano passado, quando a arrecadação com leilões alcançou a cifra de R$ 12,84 milhões, a queda foi de 30% e de acordo com as estimativas iniciais desta edição – que previam contabilizar cerca de R$ 16 milhões -, a queda é de quase 50%.

O público total também caiu. Foi registrado um recuo de 45,72% em relação ao registrado na edição do ano passado, quando 280 mil pessoas visitaram o Parque de Exposições nos 10 dias do evento. Este ano, no período de 7 a 17 de julho, foram registradas 151 mil pessoas, com média de 15,1 mil diariamente, contra 28 mil em 2004.

A previsão inicial dos organizadores apontava para um público de 330 mil pessoas durante o evento, com expectativa diária de visitação de 33 mil pessoas.

O presidente da Acrimat, Jorge Pires de Miranda, admitiu que uma das causas para o menor público neste ano pode ter sido o valor dos ingressos cobrados na bilheteria (R$ 10). “Não pudemos manter os preços do ano passado por dois motivos: o primeiro é que a bilheteria e toda a parte de organização de shows foi terceirizada para uma empresa especializada. O segundo motivo é que os preços não poderiam ser muito baixos porque o recinto do parque não iria comportar tanta gente e ainda poderia gerar tumulto”, explica Jorge Pires.

Apesar dos números negativos, ele disse que o resultado da 41a Expoagro ficou dentro da realidade para o atual momento, marcado pela crise no agronegócio. “Todas as despesas da feira foram pagas e ainda houve um superávit”, disse, sem revelar o montante deste lucro.

Pires lembrou que este ano a Acrimat teve maior preocupação com a questão da segurança, “visando garantir mais tranquilidade às pessoas”.

Segundo ele, pela primeira vez foi elaborado, junto aos órgãos competentes, um programa de proteção e combate a incêndio em todo o parque, bem como dos expositores. “Além disso, ainda melhoramos a infra-estrutura para os visitantes da exposição, adequando o palco para garantir total segurança ao público que assistiu aos shows”.

A Acrimat fez também a adequação do atendimento aos portadores de necessidades especiais, melhorando o acesso de entrada ao parque e disponibilizando um espaço exclusivo (camarote) para atender essas pessoas.

O presidente da Acrimat, diz ainda, que além de promover o intercâmbio entre compradores e vendedores nos mais diversos segmentos, a feira deste ano teve por objetivo dar um novo alento ao agronegócio, que passa por crise e precisa ser revitalizado. “Os resultados práticos dos contatos mantidos entre vendedores e compradores durante a feira, na realidade, acontecem depois do evento”, disse ele.

NÚMEROS - A feira deste ano registrou um público de 109,80 mil pagantes (bilheteria), totalizando 151 mil pessoas. O número total de expositores chegou a 132, sendo 112 de empresas de médio e grande portes, 20 de estandes dos municípios, 12 no pavilhão do governo e quatro de países participantes (Peru, Argentina, Bolívia e Estados Unidos).

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