A última previsão da Associação Brasileira das Industrias de Óleos Vegetais (Abiove) para este ano é que o Brasil deve superar a liderança norte-americana no ranking dos exportadores de soja e derivados. Com a safra estimada de 50,9 milhões de toneladas de grão de soja (2003/2004) o Brasil deve assumir o primeiro lugar com cerca de 37 milhões destinados à exportação.
A Abiove projeta vender US$ 7,9 bilhões esse ano, o que representa 30% a mais que no ano passado (US$ 6 bilhões). A projeção da entidade é que os produtores americanos exportarão US$ 7 bilhões. "Ocupamos o espaço deles", disse o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Mesmo com as safras recordes de soja do Brasil e da Argentina, que juntas devem somar mais de 80 milhões de toneladas, os preços do produto no mercado internacional tem chance de alcançar maiores valores a partir deste mês. Isso se explica por causa dos estoques americanos que estão em baixa e pelo aumento da demanda mundial. A China responde em grande parte por esse aquecimento. Contra o Brasil estão as dificuldades de logística. Por exemplo, as constantes filas no porto de Paranaguá.
A produção mundial de soja deve totalizar 194 milhões de toneladas, segundo relatório dos Estados Unidos (Usda), 5,26% a mais em comparação ao resultado da safra passada. A safra mundial de grãos, farelo e algodão, no entanto, deve cair quase 16%. O Usda prevê colheita de 74,29 milhões de toneladas nos Estados Unidos. Juntos, Brasil e Argentina vão colher 16% a mais do que o líder Estados Unidos.