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Exportação de carne até novembro cresce 6%


As exportações brasileiras de carne bovina entre janeiro e novembro renderam US$ 967,89 milhões, aumento de 6% na comparação com os US$ 912,46 obtidos no mesmo período de 2001. O volume exportado foi de 856,62 mil toneladas, 14,89% a mais na comparação com as 745,58 mil toneladas do produto remetidas ao exterior em igual período de 2001.

Segundo o presidente da comissão permanente de pecuária de corte da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, os resultados permitem prever um total de exportações de carne bovina entre 950 mil toneladas e um milhão de toneladas durante o ano. No ano passado, as exportações brasileiras de carnes bovinas somaram 850 mil toneladas.

A depreciação do real frente ao dólar ajudou a elevar as exportações de carne, informa a CNA. Mesmo assim, recentemente foi preciso voltar a disputar, no mercado internacional, espaço com os exportadores argentinos, que também foram beneficiados pela queda da cotação do peso frente ao dólar. Além disso, outro fator que impediu ainda maior aumento das receitas com exportações do setor foi a redução dos preços internacionais da carne bovina.

Preços médios

Segundo a CNA, os preços médios da carne bovina "in natura" caíram 9,3%, sendo negociados por US$ 1,839 mil. Os preços médios da carne industrializada apresentaram queda de aproximadamente 1% na comparação com os valores praticados no início do ano, atingindo US$ 1,993 mil por tonelada no mês de novembro.

Os dados referentes exclusivamente a novembro indicam exportações de carne bovina de US$ 96,613 milhões, crescimento de 15,89% na comparação com os resultados de novembro de 2001.

No mês passado, os principais destinos das exportações de carne bovina "in natura" congelada foram Chile e Holanda. Arábia Saudita, Egito, Rússia, Filipinas, Itália, Holanda e Reino Unido.

Novos mercados

Antenor Nogueira diz que além do esforço de exportadores brasileiros em ampliar vendas em novos mercados, como Rússia e países do Oriente Médio, o movimento de baixa do preço da carne bovina conjugado à alta do valor do frango e do suíno (devido ao encarecimento da ração, tendência gerada pela escassez de milho) ajuda a ampliar as vendas do setor não apenas no exterior como também no mercados interno.

CNA e Serviço de Informação da Carne (SIC) vão iniciar a veiculação de campanha no estado de São Paulo, divulgando as qualidades da carne bovina brasileira na alimentação humana.

Sem antibióticos

"Não usamos antibióticos, hormônios", afirma Antenor Nogueira. A campanha tem orçamento superior a R$ 200 mil. O dirigente da CNA não projeta percentuais de crescimento no consumo, mas admite que quer disputar espaço no cardápio de final de ano com os tradicionais concorrentes como carnes suína e de aves.

O consumo per capita de carne bovina, em 2001, foi de 36 quilos, frente a 28 quilos de carne de aves, segundo informações da CNA. Segundo Nogueira, os preços do boi gordo, que já haviam atingido valores entre R$ 61 e R$ 62 por arroba, oscilam atualmente em R$ 58 por arroba (ver abaixo).

Ayr Aliski

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