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Exportação de carne de frango: FIESP projeta expansão de 38% em onze anos

Estima que entre 2016 e 2026, a produção brasileira de carne de frango deve se expandir a uma média anual em torno de 2%


Tendo por base os resultados de produção, exportação e consumo interno de carne de frango de 2015, o Outlook FIESP 2026 lançado ontem, 5, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, estima que entre 2016 e 2026 (11 anos) a produção brasileira de carne de frango deve se expandir a uma média anual em torno de 2%. Assim, ao final desse ciclo, chegará aos 16,4 milhões de toneladas, volume 25% superior aos [pouco mais de] 13,1 milhões de toneladas do ano passado.

Porém, o avanço mais significativo continua recaindo sobre as exportações. Para a FIESP, elas devem se expandir a uma média anual em torno de 3% e, assim, em 2026 deverão estar em torno de 5,9 milhões de toneladas, volume que representa de incremento pouco superior a 38% em relação ao que foi exportado em 2015 (4,225 milhões de toneladas).

Com a produção se expandindo em torno de 2% ao ano e as exportações a 3% ao ano, fica claro que o consumo interno terá uma evolução inferior a esses dois índices. No Outlook da FIESP essa expansão irá girar em torno de 1,6% ao ano, o que – nas suas previsões – propiciará consumo total de 11,1 milhões de toneladas e per capita de 49,6 kg.

É oportuno registrar que o somatório dos números previstos de exportação e consumo para 2026 (total de 17 milhões/t) ultrapassa em mais de 3,5% a produção prevista (16,4 milhões/t). Isso acontece porque, aparentemente, a FIESP adotou como fonte para a produção e a exportação de 2015 os números da ABPA e da SECEX/MDIC, respectivamente, enquanto a fonte adotada para o consumo interno foi o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Acontece que o USDA não inclui nas exportações valores relativos às vendas de pés/pernas de frango. Com isso, seus números relativos às vendas externas são subestimados e terminam por inflar artificialmente os números referentes ao consumo interno total.

Assim, na verdade, o consumo interno em 2026 deve ficar em torno dos 10,5 milhões de toneladas. Mas isso não altera a constatação de que, até lá, deve se expandir a uma média aproximada de 1,6% ao ano. O que muda, neste caso, é o consumo per capita que, em vez dos 49,6 kg, irá girar próximo dos 47 kg.

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