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Exportação de manga foi recorde em 2020

Em volume de exportação, esses números representam um aumento de 13%


Foto: Divulgação

O ano de 2020 foi o ano da manga no Brasil. A fruta bateu recorde de exportações. As vendas da manga nacional, em especial das variedades Tommy Atkins para o mercado americano; e Kent, Keitt e Palmer para a Europa, atingiram o valor de U$S 246,9 milhões com a venda para o mercado externo de 243,2 mil toneladas de manga. Durante os primeiros cinco meses, o valor exportado se manteve na média histórica, enquanto nos meses de junho a dezembro atingiram o recorde de valores já alcançados desde 2012.

Os dados são do Observatório do Mercado de Manga da Embrapa Semiárido (PE), a partir de dados do Comex Stat (MDIC), que também aponta avanço de 13% em volume exportado. Entre junho e dezembro foram alcançados os volumes máximos registrados nos últimos oito anos no mesmo período.

Entre os fatores que promoveram o desempenho estão a taxa de câmbio, a diminuição da produtividade da fruta em países concorrentes e a expansão do mercado norte-americano. Para 2021, se o câmbio continuar favorável e a demanda aquecida, há um boa expectativa em relação a fruta.

Grande parte desta fruta vem do Vale do São Francisco, situado em pleno Semiárido Nordestino. No último ano saíram da região 212,2 mil toneladas para exportação, correspondendo a 87% do total exportado da fruta do Brasil. As águas do Rio São Francisco que abastecem os distritos de irrigação fazem da manga a fruta mais cultivada e com maior importância econômica e social na região. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), a área plantada em 2020 foi de 49 mil hectares, a maior do Brasil. 

Devido ao uso da irrigação e à disponibilidade de sol, a região consegue manter a produção da fruta durante todos os meses, abastecendo os mercados interno e externo. As variedades mais plantadas são Palmer, Tommy, Kent e Keitt, apesar de se encontrar outras, como Haden, Ataulfo, Rosa e Espada Vermelha.

A mangicultura do Semiárido também é conhecida pelos altos rendimentos alcançados e pela qualidade da fruta. Mesmo sendo uma atividade altamente intensiva em tecnologia, é cultivada na região por pequenos e grandes produtores, um resultado favorecido pela ampliação dos investimentos e linhas de crédito e também pela pesquisa agropecuária, com a disponibilização de pacotes tecnológicos cada vez mais precisos.
 

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