Exportações de couros movimentaram US$ 1,05 bi no semestre
O volume físico cresceu apenas 3% na mesma comparação
No mês de junho, no entanto, as exportações no valor de US$ 167,1 milhões apresentam uma queda acentuada em comparação com o mês anterior, de 18% em valor e 25% em volume físico.
O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), baseado no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“Infelizmente, o volume das exportações também nos próximos meses deve ficar num patamar inferior ao primeiro semestre, uma vez que a indústria curtidora como a maioria das indústrias manufatureiras do país está perdendo competitividade no mercado internacional. Somente com enormes sacrifícios estamos conseguindo manter os mercados conquistados durante as ultimas décadas” diz o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.
Diversos fatores estão impactando negativamente a indústria brasileira do couro, explica o executivo. “O dólar, em comparação ao real, caiu aos menores níveis desde 1999”, lembra ele.
Mas além do problema cambial, os entraves do chamado Custo Brasil – a infra-estrutura falha, a logística ineficiente nos portos, a excessiva burocracia, a elevada carga tributária, a falta de linhas de crédito para capital de giro –, além da não devolução dos créditos retidos prejudica demais as exportações.
Segundo Goerlich, num mundo cada vez mais competitivo não é possível transferir os altos custos de produção do Brasil para os clientes do exterior. “O encarecimento nos custos, quando transformado em dólares, acaba eliminando a rentabilidade e, por conseqüência, vem provocando prejuízos para a nossa indústria”, explica.
A despeito de tantas adversidades, o presidente do CICB destaca o esforço contínuo da indústria curtidora nacional para manter os mercados duramente conquistados e abrir novas frentes de negócios internacionais para o couro brasileiro.
Como exemplo das iniciativas tomadas para operar neste ambiente, Goerlich destaca os esforços do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil para promover internacionalmente o couro brasileiro, por meio de promoções e da participação nas principais feiras mundiais.
O executivo também aponta os resultados positivos do programa de cooperação CICB / Apex-Brasil, denominado Brazilian Leather, que proporciona visibilidade expressiva ao couro brasileiro e concorre para aumentar o valor do couro brasileiro e impulsionar as vendas.
Outra promoção sem par é o primeiro CONGRESSO MUNDIAL DE COURO que está sendo organizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil: no dia nove de novembro deste ano, no Rio de Janeiro. “Será o maior evento do setor couro em âmbito mundial e uma oportunidade única para expor ao mundo a capacidade e a qualidade da nossa Indústria Curtidora”.
O fato de o CONGRESSO MUNDIAL DE COURO ser realizado em conjunto e em seqüência ao CONGRESSO MUNDIAL DE CALÇADO confere a este duplo evento um caráter único e sem precedente no mundo.
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No primeiro semestre, China e Hong Kong, Itália e Estados Unidos continuam sendo os principais destinos do couro nacional; Brasil também aumenta embarques para Alemanha, Coréia do Sul, México, Taiwan, Portugal e Espanha
De janeiro a junho de 2011, os principais mercados do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, com US$ 309,93 milhões (29,3% de participação e aumento de 4%); Itália, com US$ 259,38 milhões (24,6% de participação e elevação de 23%); e Estados Unidos, com US$ 108,32 milhões (10,3% e crescimento de 27%).
Nestes seis meses do ano, Alemanha com US$ 47,81 milhões (4,5% de participação e aumento de 83%), Coréia do Sul, com US$ 35,78 milhões (3,4% e 105% de crescimento ), México (US$ 32,13 milhões, incremento
de 52%), Vietnã (US$ 29,11 milhões, elevação de 21 %), Taiwan (Formosa, US$ 21 milhões, 85%) e Holanda (US$ 17,8 milhões, 0%) foram importantes destinos das exportações brasileiras.
Entre outros países que aumentaram as aquisições do produto nacional figuram a Noruega (US$ 15,4 milhões, 25%), Portugal (US$ 13,31 milhões, 64%), Hungria (US$ 11,7 milhões, 40%) e Espanha (US$ 9 milhões, 76%).
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Ranking dos estados exportadores de janeiro a junho de 2011
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O Relatório do CICB informa no balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro semestre, em relação ao acumulado do ano passado, a retomada da liderança do Rio Grande do Sul (US$ 258.16 milhões, 24,4% de participação) como maior exportador nacional, seguido por São Paulo (US$ 235,82 milhões, 22,3% de participação), Paraná (US$ 115,62 milhões, 11%) e Ceará (US$ 89,30 milhões, 8,5%).
Os demais estados no ranking nacional são Goiás (US$ 76,7 milhões), Bahia (US$ 66,43 milhões), Minas Gerais (US$ 59,85 milhões), Mato Grosso (US$ 47,91 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 45,57 milhões) e Santa Catarina (US$ 23,33 milhões).
As informações são da assessoria de imprensa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).