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Exportações de couros movimentaram US$ 158,8 mi em novembro

Mas a indústria curtidora está preocupada com os desdobramentos da crise econômica européia, que provocou redução de pedidos no último trimestre, e as fracas perspectivas do mercado doméstico


Mas a indústria curtidora está preocupada com os desdobramentos da crise econômica européia, que provocou redução de pedidos no último trimestre, e as fracas perspectivas do mercado doméstico

As exportações brasileiras de couros e peles em novembro contabilizaram US$ 158,8 milhões, com o embarque de 26,5 mil toneladas, segundo dados contabilizados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. A receita representa crescimento de 21% em relação ao mesmo mês de 2010 e uma retração de 5% em relação a outubro.


“A receita das vendas externas nos onze meses do ano foi de US$ 1,88 bilhão, elevação de 19% em relação ao período anterior, embora o volume de couros tenha caído 1%, devido aos efeitos da crise econômica mundial”, explica o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

A expectativa de faturamento do setor para este ano é de algo em torno de US$ 2 bilhões, o que será alcançado com muito sacrifício e dificuldade para as empresas curtidoras, explica Goerlich.

“A crise européia e norte-americana com os seus reflexos negativos também em nosso mais importante mercado, a China, é preocupante, por restringir o mercado externo para o couro brasileiro. E o mercado interno, de sua parte, está saturado, sem condições de absorver eventuais aumentos de oferta” diz o presidente do CICB, lembrando que as exportações respondem por dois terços do mercado do couro brasileiro.

Paralelamente, o executivo informa que o setor vem registrando uma queda no volume de pedidos no último trimestre, fator agravado pelos entraves do chamado Custo Brasil, que tolhem a competitividade industrial: excessiva carga tributária, elevadas taxas de juros, carência de linhas de crédito para capital de giro e trâmites burocráticos, dentre outros.

Para fazer frente a este cenário desfavorável, a indústria brasileira do couro, uma das maiores exportadoras mundiais, vem diversificando cada vez mais seus mercados, tratando ainda de aumentar o leque de produtos de maior valor agregado.

Um dos exemplos que ilustra este esforço concentrado é o programa Brazilian Leather, conduzido pelo CICB em parceria com a Apex-Brasil desde 2000 e que vem apresentando resultados expressivos para a visibilidade e para aumentar o valor do couro brasileiro, alavancando os negócios do setor.

“Nos últimos onze anos, a agregação de valor e a ampliação de mercados cresceram de 30% para 70%. O número de países importadores do couro brasileiro, conseqüentemente, cresceu de 68 para quase 100”, finaliza Goerlich.



Congresso Mundial do Couro supera expectativas e destaca a importância do Brasil no cenário global

A realização do primeiro Congresso Mundial do Couro, em novembro, no Rio de Janeiro, com a presença de 356 participantes, de 26 países, demonstrou a importância do Brasil como um dos destacados players da indústria curtidora internacional.

Na opinião do presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e do International Council of Tanners (ICT, sigla em inglês para Conselho Internacional dos Curtumes), Wolfgang Goerlich, “o evento superou todas as nossas expectativas, tornando-se um marco em nível mundial”.
O congresso foi organizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil em parceria com o International Council of Tanners (ICT, sigla em inglês para Conselho Internacional dos Curtumes), entidade internacional que representa mais de 80% da indústria curtidora mundial, em conjunto com a Couromoda.

O Congresso Mundial do Couro reuniu mais de 40 palestrantes e debatedores, entre personalidades, pesquisadores e líderes empresariais da cadeia mundial. Dividindo experiências, compartilhando dados inéditos e analisando mercados e oportunidades, os especialistas puderam mostrar aos participantes do congresso os caminhos mais promissores e em ascensão para a indústria do couro.


No balanço dos onze meses deste ano, China e Hong Kong, Itália e Estados Unidos foram os principais destinos do couro nacional; Brasil também aumenta embarques para Alemanha, Coréia do Sul, México, Vietnã, Hungria, Portugal, Uruguai e Espanha

De janeiro a novembro de 2011, os principais mercados do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, com US$ 562,4 milhões (29,8% de participação e aumento de 10%); Itália, com US$ 423,83 milhões (22,5% de participação e elevação de 20%); e Estados Unidos, com US$ 209,5 milhões (11,1% e crescimento de 23%).

Nos onze meses do ano, Alemanha com US$ 82,8 milhões (4,4% de participação e aumento de 63%), Coréia do Sul, com US$ 62,65 milhões (3% e 61% de crescimento), México (US$ 55,43 milhões, incremento de 46%), Vietnã (US$ 52,26 milhões, elevação de 17%) e Hungria (US$ 35,52 milhões, 131%) foram importantes destinos das exportações brasileiras.

Entre outros países que aumentaram as aquisições do produto nacional figuram Taiwan (Formosa, US$ 34,42 milhões, 100%), Portugal (US$ 21,9 milhões, 43%), Uruguai (US$ 20,82 milhões, 165%) e Espanha (US$ 15,94 milhões, 78%).






Ranking dos estados exportadores de janeiro a novembro de 2011

O Relatório do CICB informa no balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros nos onze meses do ano, em comparação ao acumulado de 2010, a liderança do Rio Grande do Sul (US$ 457,68 milhões, 24,3% de participação) como maior exportador nacional, seguido por São Paulo (US$ 409,71 milhões, 21,7% de participação), Paraná (US$ 210,94 milhões, 34%) e Goiás (US$ 171,6 milhões, 9,1%).

Os demais estados no ranking nacional são Ceará (US$ 164,86 milhões), Bahia (US$ 118,26 milhões), Minas Gerais (US$ 92,2 milhões), Mato Grosso (US$ 80,8 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 73,23 milhões) e Santa Catarina (US$ 46,47 milhões).




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