Exportações do agro alcançam US$ 5,67 bilhões em janeiro
Açúcar em bruto e milho foram os principais destaques no mês
As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 5,67 bilhões em janeiro deste ano, queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume embarcado para o exterior foi de 10,16 milhões de toneladas. Já a balança comercial teve superávit (saldo positivo) de US$ 4,4 bilhões.
Conforme os dados da análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base nos dados do Ministério da Economia, o principal produto da pauta exportadora no mês passado foi o açúcar de cana em bruto, que teve participação de 9,5% no total das vendas externas e atingiu uma receita de US$ 537,1 milhões, crescimento de 35,6% em relação ao mesmo período de 2020. O aumento se justifica com a quebra na safra de cana-de-açúcar na Tailândia, principal concorrente do Brasil no mercado mundial deste item.
O milho foi o segundo produto com maior destaque, com alta de 42,5% frente a janeiro do ano passado, alcançando exportações de US$ 499,9 milhões no primeiro mês de 2021. Completam a lista dos cinco itens mais vendidos carne bovina in natura, café verde e farelo de soja. No mês passado, 51,8% das exportações brasileiras do agronegócio foram direcionadas a dez principais destinos. A maior participação foi da União Europeia, com 16,9%. A China ficou na segunda posição, com 16,7%, e os Estados Unidos teve parcela de 9,2% do total das vendas externas. Destaque para a participação de outros países da Ásia, como Indonésia (5,1%), Vietnã (3,1%), Coreia do Sul (2,8%) e Bangladesh (2,4%).
De acordo com análise da CNA, as exportações para a China, principal parceiro comercial do Brasil em 2020, caíram 36,2% em janeiro deste ano na comparação com igual período do ano passado, principalmente por conta da redução das vendas de soja. O país asiático elevou expressivamente as compras do produto no ano passado e ampliou seus estoques. Janeiro também costuma ser uma época em que os embarques da oleaginosa ocorrem em menor quantidade, pois as colheitas ainda estão em estágios iniciais e os primeiros vencimentos dos contratos de soja se dão apenas em março.