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Exportações do agronegócio devem atingir US$ 55 bilhões em 2007

Estas estimativas resultam de uma série de saldos recordes registrados pela balança comercial dos produtos agropecuários de janeiro a julho


As exportações do agronegócio devem aumentar 11,3% este ano, atingindo US$ 55 bilhões em 2007, frente aos US$ 49,4 bilhões exportados no ano passado. As projeções são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que estima um saldo de US$ 47 bilhões na balança comercial do agronegócio, este ano, 10% superior ao verificado em 2006. Estas estimativas resultam de uma série de saldos recordes registrados pela balança comercial dos produtos agropecuários de janeiro a julho deste ano. Neste período, o desempenho foi 18,6% superior a 2006, atingindo um saldo de US$ 27,35 bilhões, ocasionado pelo aumento de 20,5% nas exportações, que chegaram a US$ 32,03 bilhões.

“Apesar da queda no ritmo de expansão das exportações, a participação do agronegócio no total exportado pelo Brasil cresceu de 35,6% para 36,7% no período”, afirmou Antônio Donizeti Beraldo, assessor técnico da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA. Carnes, complexo soja e produtos florestais continuam impulsionando os resultados da balança. A exportação do conjunto de carnes cresceu 38,2% no período, como resultado do aumento de 25,9% no volume exportado e de 9,8% dos preços internacionais. O aumento mais expressivo ocorreu nas exportações de frango, que cresceram 51,5%, alcançando US$ 2,53 bilhões até julho. As exportações de carnes bovina e suína cresceram 25% e 29%, respectivamente.

Segundo Donizeti, “o crescimento da economia mundial e o conseqüente aumento do consumo de proteínas animais vêm estimulando as exportações de carnes brasileiras, que deverão superar os US$ 10 bilhões em 2007”. Também contribuirão para esse desempenho as recentes decisões da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhecendo novas zonas livres de febre aftosa no Brasil. Quanto as exportações do complexo soja, aumentaram 18,3%, atingindo US$ 6,71 bilhões. O principal responsável por esse desempenho foi a elevação de 19,2% nos preços, ocasionada pelas projeções de redução da safra norte-mericana em quase 15 milhões de toneladas, devido ao aumento da área plantada de milho para a produção de etanol.

O aumento do consumo interno de milho nos Estados Unidos e a conseqüente redução das suas exportações vêm abrindo espaço para o milho brasileiro no mercado internacional. As exportações do produto já aumentaram 220,6%, de janeiro a julho, e deverão alcançar a cifra inédita de US$ 1,0 bilhão em 2007. Também merece registro no período o crescimento em 11,9% das exportações dos produtos florestais. O aumento das cotações internacionais do suco de laranja, ocasionado por problemas climáticos na Flórida, Estados Unidos, provocou crescimento de 71,4% nas exportações do produto. No caso do café, as exportações continuam crescendo, chegando a 26,5% de janeiro a julho.

Quanto as importações, aumentaram 32,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 4,67 bilhões, em conseqüência ao câmbio favorável, que barateou o custo dos produtos importados, além da elevação de 60,3% nas importações de trigo. A estimativa da CNA é de que as importações alcancem US$ 8,0 bilhões em 2007, com aumento de 19,5%. As informações são da assessoria de imprensa da CNA.

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