As exportações do Rio Grande do Sul em 2002 superaram o recorde de 2001, chegando a US$ 6,3 bilhões, com um crescimento de 0,5%. As importações caíram 12,8%, alcançando US$ 3,5 bilhões. Como conseqüência, o superávit comercial registrou crescimento de 24%, passando de US$ 2,29 bilhões para US$ 2,84 bilhões.
Os resultados foram divulgados ontem (27-01) pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Renan Proença. "A capacidade da indústria em reverter a queda da demanda argentina por meio de outros mercados, aliada à desvalorização cambial, compensou também a retração na venda de produtos básicos, fazendo com que o Rio Grande do Sul obtivesse um recorde histórico nas exportações no ano de 2002", afirmou.
Os segmentos que se destacaram no Estado foram os de produtos alimentares, fumo, material de transporte, couros e peles, química e mecânica. Dentre os principais mercados que aumentaram suas compras do Rio Grande do Sul estão os Estados Unidos (12,5%), Rússia (90,6%) e China (19,9%). Para os EUA, compensando a queda nas vendas de calçados gaúchos, os produtos que mais tiveram impulso foram do segmento de mecânica, principalmente motores a diesel. Para a Rússia, o aumento se deu nas vendas de carne de frango e suínos. Óleo de soja foi o produto mais procurado pela China.
Em relação à Argentina, as exportações do Estado caíram 63,3%, passando de US$ 573,5 milhões em 2001 para US$ 210,5 milhões no ano passado. "O intercâmbio comercial entre os dois países já deu sinais de melhora nos últimos meses do ano. Em 2003, esse comércio deve melhorar ainda mais", avaliou Proença.