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Exportadores mato-grossenses ampliaram a receita

Os cinco maiores exportadores dependem da agricultura


Os cinco maiores exportadores mato-grossenses ampliaram neste ano a receita em relação ao mesmo período de 2010

Os cinco maiores exportadores de Mato Grosso ampliaram neste ano a receita com os embarques realizados de janeiro a novembro ante igual período do ano passado. Neste acumulado de 2011 o saldo de negócio somou mais de US$ 3,52 bilhões, 34,37% acima dos US$ 2,62 bilhões contabilizados anteriormente. O ranking estadual é liderado por Rondonópolis, seguido por Sorriso, Nova Mutum, Sapezal e Campo Novo do Parecis. A pauta de produtos formada 100% por commodities agrícolas é o ponto comum entre os municípios.


A expansão do comércio internacional foi motivada especialmente pela vendas de soja e milho em grão. De acordo com o economista da PR Consultoria, Carlos Vitor Timo Ribeiro, a movimentação reflete o apetite mundial por proteínas que deixa o mercado mais disposto a comprar. “E nós vendemos comida”. O economista destaca também um ponto específico: a China. “Essa tendência ascendente para o consumo de proteínas é movida pela riqueza da população. Um chinês, que deixa de comer carne de soja para comer um filé, por exemplo, faz uma diferença e tanto e a tendência é de que essa troca de proteína possa aumentar para mais dias na semana”.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) Mato Grosso tem como acumulado de 2011, seis municípios entre os 100 maiores exportadores brasileiros, além dos cinco que integram o ranking estadual, há Primavera do Leste (239 quilômetros ao sul de Cuiabá) representando o Estado. Rondonópolis está na 52ª posição, Sorriso na 64ª, Nova Mutum na 65ª, Sapezal na 86ª, Campo Novo do Parecis na 94ª e Primavera do Leste na 99ª. No Brasil o maior exportador é Angra dos Reis (RJ).

No ano passado, neste mesmo período, apenas quatro municípios mato-grossenses estavam entre os 100 maiores do Brasil.

Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) – cidade conhecida como o maior polo agroindustrial de Mato Grosso – aumentou em 11% a receita com as exportações. Passou de US$ 817,95 milhões nos onze meses de 2010 para US$ 908,21 milhões neste ano.

Sorriso (470 quilômetros ao norte de Cuiabá), que no ano passado ocupava o sexto lugar no ranking estadual, alcançou a segunda posição ao apresentar a maior variação relativa entre os maiores exportadores estaduais: 128,56%. Conforme relatório do Mdic, Sorriso exportou US$ 768,48 milhões ante US$ 336,22 milhões de janeiro a novembro de 2010.


Nova Mutum (269 quilômetros ao norte de Cuiabá) mantém a terceira posição, no entanto, incrementou em 55,62% a receita. Os negócios passaram de US% 484,64 milhões para US$ 754,23 milhões.

Sapezal (480 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) – que no ano passado era o maior exportador de Mato Grosso – está na quarta colocação em 2011, mesmo apresentando alta de 11,98% nas vendas. As exportações geraram no acumulado deste ano US$ 585,80 milhões ante US$ 523,09 milhões.

E na quinta colocação – mantendo a mesma posição do ano passado – está Campo Novo do Parecis (396 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) com vendas de US$ 514,09 milhões, 45% superior, ao saldo de US$ 354,50 milhões acumulados de janeiro a novembro de 2010.

EM 2010 – No acumulado dos onze meses do ano passado, os cinco maiores municípios não eram 100% agrícolas como o observado neste mesmo período de 2011. A exceção era Cuiabá, que da quarta posição do ano passado passou a sétima, atrás de Primavera do Leste, revelando exatamente o bom momento vivido durante 2011 para as commodities agrícolas, seja em demanda como em preços.

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