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Fábrica da Rússia será redenção, diz prefeito de Corumbá

O principal ponto a favor do município é a proximidade do ramal de gás natural boliviano, matéria-prima do fertilizante


O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT), disse que receber a fábrica russa de fertilizantes, orçada em US$ 1 bilhão (R$ 1,8 bilhão), será “a redenção da fronteira com a Bolívia”, pobre e sem perspectivas de geração de empregos. Ele soube na quinta-feira (7), pela imprensa, que a cidade está no topo da lista de alternativas da Metaprocess. “Não houve formalização de interesse, o assunto está muito no início”, concluiu, após telefonema ao Palácio do Planalto.

O principal ponto a favor do município é a proximidade do ramal de gás natural boliviano, matéria-prima do fertilizante. A indústria vai precisar de 2 milhões de m³ por dia (a MS Gás só tem cerca de 200 mil m³) e o preço ainda será negociado com a Petrobras, que compra 30 milhões de m³ diariamente e os distribui até o Sul do País. Caberá ao Governo estadual negociar preços melhores e aumento na quantidade fornecida para atrair o fabricante. “Direto da Bolívia, o gás é muito mais acessível”, diz o prefeito.

Na disputa por fábrica de semelhante envergadura da Petrobras, no ano passado, Corumbá perdeu para Três Lagoas, mesmo com o gás no seu quintal. O Polo Gasquímico Binacional, outro empreendimento que poderia mudar a cara do lugar, continua na lista de desejos do prefeito. O projeto é discutido há quase uma década, sem sucesso, mas pode ser retomado até 2015, segundo Cunha.

A receita mensal do município, entre R$ 12 milhões e R$ 14 milhões, pode crescer se a Petrobras decidir aumentar a importação do insumo, e disparar se for escolhida pelos russos. O Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás que entra no Brasil deixa R$ 2 milhões por mês nos cofres da prefeitura de Corumbá.

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