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Fábrica de cascos de plataformas no RS deve render mais R$ 3 bilhões

Lula anunciou novos investimentos federais no Rio Grande do Sul, além da largada oficial para as obras do PAC


Com um pacote de bilhões de reais embaixo do braço, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou novos investimentos federais no Rio Grande do Sul, além da largada oficial para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Petrobras vai transformar o Dique Seco que está sendo construído sob sua encomenda na cidade de Rio Grande na primeira fábrica de cascos de plataforma no mundo. Trata-se de mais uma utilização para o pólo naval.

Segundo Lula, a fábrica de cascos vai gerar contratos de R$ 3 bilhões extras em 10 anos, totalizando R$ 11,6 bilhões para a cidade portuária gaúcha.

– O Dique Seco vai se transformar em produtor em série de cascos e vai gerar mais R$ 3 bilhões só em cascos – afirmou Lula.

– A idéia é oferecer esse equipamento para a construção de cascos em série, padronizados, que irão reduzir os custos, aumentar a escala e atender as necessidades que nós temos, gigantescas, de aumento da capacidade de produção no mar brasileiro – explicou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Conforme Gabrielli, o investimento necessário para a implantação da fábrica vai depender das licitações que a estatal fará para a construção dos cascos. O dirigente esclareceu que os recursos não serão aplicados diretamente pela companhia, mas pelas empresas contratadas para o fornecimento dos equipamentos.

Esses cascos custam ao redor de US$ 400 milhões, cerca de 30% do valor total de uma plataforma. Depois da primeira montagem, que deve levar 36 meses, a intenção da Petrobras é produzir em prazos menores, de 18 meses, com entrega a cada oito meses. Serão cascos modulados, que devem atender à necessidade de mais equipamentos da estatal.

Em discurso de improviso, Lula ressaltou a importância do anúncio para a cidade e para o Estado e a recuperação da capacidade de investimento do setor público, com platéia 100% a favor. No final da fala, até o refrão "Lulalá" foi entoado pelos convidados, a maioria estudantes, professores e participantes de organizações ligadas a pequenos produtores. Coube a Lula segurar o clima:

– Volto a Brasília com uma preocupação, de faixas que li pelas ruas. "Presidente Lula, nós estamos terminando a P-53, e qual será a próxima?". Portanto, eu vim com uma responsabilidade e volto com duas. Vamos trabalhar para que possa haver mais plataformas construídas em Rio Grande.

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