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Fabricantes de fertilizantes enfrentam desaceleração dos lucros

A indústria que no ano passado pediu por capacidade de produção, agora é incapaz de competir com a desaceleração da demanda


Reuters - Os fabricantes de fertilizantes norte-americanos registraram grandes lucros no ano passado, sustentados pela alta dos preços, mas investidores devem enfrentar uma acentuada desaceleração neste trimestre e ver os primeiros sinais de melhora apenas no final do ano.

A crise no setor de crédito, aliada ao colapso dos preços de commodities e uma queda na demada por fertilizantes, estimulou uma drástica mudança das condições dentro da indústria no decorrer do ano passado.

Os estoques de fertilizantes, que antes estavam apertados, sofreram um inchaço. Os preços avançavam desde o início da década e sofreram um colapso em questão de meses. A indústria que no ano passado pediu por capacidade de produção, agora é incapaz de competir com a desaceleração da demanda.

"O índice dos preços de commodities (grãos) saiu de uma firme alta para uma estável baixa", disse o analista Ben Johnson da Morningstar. "Isso acrescenta uma parcela de incerteza, porque este é o principal indicador do poder de compra dos consumidores no final do dia", complementou.

Como consequência, os maiores produtores de fertilizantes devem registrar resultados muito fracos comparados com o ano anterior, disse o analista da Jennings Capital Inc. Russel Stanley.

A Potash Corp., a maior fabricante mundial, já reduziu sua estimativa para os lucros do segundo semestre, citando vendas de potássio substancialmente menores que o esperado e preços mais desvalorizados que o previsto para os seus fertilizantes à base de fosfato.

A Potash Corp. prevê lucros de 70 centavos por ação, ante previsão anterior de 1,10 a 1,50 dólar por ação.

Um ano antes, a companhia registrou lucro de 2,82 dólares por ação, em meio a estimativas de alta dos preços e firmeza da demanda, agora prestes a diminuir.
A Agrium Inc, líder no mercado de fertilizantes e produtos agrícolas no varejo, deve divulgar os resultados do segundo trimestre no início de agosto. A previsão é de lucro de 2 a 2,40 dólares por ação. A leitura é inferior ao lucro de 3,81 dólares por ação registrado no ano anterior.

A Mosaic Co, controlada pela gigante Cargill Inc

e que segundo rumores seria um possível alvo da brasileira Vale, não divulgou previsão, mas analistas projetaram lucro de 7 centavos por ação, bem abaixo dos quase 2 dólares por ação no ano passado.

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