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Faeg exige do governo abastecimento de insumos

Autoridades exigem que não haja o que consideram abusos de mercado


A crescente dificuldade de acesso a insumos agrícolas, principalmente fertilizantes e herbicidas, está levando os produtores rurais goianos a recorrerem à intervenção das autoridades para que coíbam o que consideram abusos praticados no mercado. O presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Alécio Maróstica, “pediu ontem uma ação enérgica e urgente do governo para restabelecer o funcionamento normal do mercado de insumos agrícolas”.

Confirmando matéria divulgada, ontem, por O Popular, o dirigente da Faeg diz que a escassez de insumos, em especial do herbicida glifosato, está se generalizando por todo o Estado, fazendo supor uma ação orquestrada pelas pouca empresas que dominam o mercado no País. Segundo ele, algumas dessas empresas chegaram a devolver o dinheiro de produtores que haviam comprado o herbicida à vista e que, depois de alguns dias, tiveram de adquirir o mesmo produto com aumentos de preços de até 60%.

Cartório

Para Alécio Maróstica, mais uma vez os produtores rurais estão sendo vítimas de verdadeiros cartórios existentes nos segmentos de insumos agrícolas, “graças à legislação defasada que regulamenta o setor e assegura reserva de mercado para meia dúzia de multinacionais, em detrimento dos interesses do setor produtivo”.

Segundo ele, é graças a essa legislação inadequada e a inapetência do governo para mudá-la, que o produtor continua impedido de importar agroquímicos do Mercosul, em alguns casos, por menos da metade dos preços vigentes no mercado interno.

Importação

O dirigente da Faeg acusa o governo de escamotear a verdade sobre a proibição da importação de agroquímicos sob o pretexto de que são produtos sem registro no País e sem a aprovação dos órgãos de saúde e de meio ambiente.

“É um argumento totalmente infundado, pois se houvesse alguma preocupação com relação à saúde pública, o governo jamais poderia autorizar importações de arroz, trigo e outros produtos de países do Mercosul, onde são cultivados exatamente com aqueles defensivos e que, portanto, poderiam estar contaminados por resíduos químicos indesejados”, diz Alécio Maróstica.

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