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Faep diz que porto do PR pode receber transgênicos

Faep diz que há estrutura nos terminais privados para a segregação da soja



Produtores querem a liberação imediata para os embarques de soja transgênica no Porto de Paranaguá (PR). Eles não concordam com a sinalização do superintendente da Administração dos Portos de Paranáguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, que afirmou, esta semana, que estaria disposto a receber propostas técnicas para a exportação da soja modificada geneticamente. Para a safra 05/06, a previsão das maiores cooperativas de produção agropecuária do Estado é que entre 15% a 20% da produção de soja deverá ser transgênica. Isso equivale a um volume aproximado de 1,5 milhão de toneladas de grão. A preocupação é com o escoamento dessa mercadoria, que pode ser prejudicado com a resistência da APPA em não permitir a exportação da soja transgênica. O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, se opôs à intenção do superintendente do porto. Segundo ele, não há necessidade de construir dutos e nem de discutir propostas técnicas, como afirmou Eduardo Requião. "Já existe estrutura, nos terminais privados, para a segregação da soja transgênica", salientou. Ele falou, ainda, sobre a viabilidade de fazer a separação também no silo público. Meneguette destacou que atualmente o silo público já faz a segregação de grãos na recepção de milho, soja e trigo. "Se existem condições de separar esses grãos, elas são as mesmas para separar a soja transgênica", afirmou. Para Meneguette um bom processo de limpeza das esteiras elimina qualquer possibilidade de contaminação. "Além disso, todos os terminais privados têm condições de fazer a separação dos grãos, assim que eles são depositados na triagem do porto", acrescentou. Os deputados Eduardo Sciarra (PFL-PR) e Ricardo Barros (PP-PR), que defendem a aprovação do decreto legislativo, na Câmara Federal, com o objetivo de provocar uma intervenção no Porto de Paranaguá por 90 dias, não se convenceram com as intenções de Eduardo Requião. Para Sciarra, o superintendente do porto está fazendo "uma cortina de fumaça" ao abrir o assunto à discussão. Segundo o deputado, Eduardo Requião percebeu que o cerco está fechando e que o porto não pode operar na ilegalidade por muito tempo. Segundo o deputado Ricardo Barros, a sinalização de Eduardo Requião não muda a tramitação do decreto legislativo no Congresso, que pode resultar na intervenção do porto. Já foi marcada uma audiência pública no Senado para o dia 31 de agosto e outra, no dia 22, na Assembléia Legislativa do Paraná. Conforme assessoria do porto, Paranaguá é o único terminal que cumpre integralmente a lei de biossegurança que prevê a segregação e a rotulagem dos produtos transgênicos. As mercadorias que foram barradas até agora tentaram passar sem a devida rotulagem, com clara intenção de burlar a lei.

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