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Faesc quer mais empreendedores no campo em 2011

Serão criadas 60 novas turmas em 2011, reunindo 1.200 produtores, o que representa um incremento de 40%


O sucesso do programa Empreendedor Rural está produzindo efeitos na revitalização dos estabelecimentos rurais, no aumento da renda das famílias e na contenção do êxodo rural. Por isso, serão criadas 60 novas turmas em 2011, reunindo 1.200 produtores, o que representa um incremento de 40%.

O “Empreendedor Rural” é um dos mais avançados programas do agronegócio brasileiro, implantado em Santa Catarina pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), instituição vinculada à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).

Ao anunciar as metas para o próximo ano, o presidente do sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, destacou que o Programa Empreendedor Rural (PER), oferecido gratuitamente pelo Senar, prepara o produtor e sua família para enfrentar os desafios da globalização.

Por que ampliar fortemente o programa para 2011?

Pedrozo – Seguimos um processo evolutivo. O programa Empreendedor Rural foi implantando em Santa Catarina pelo Senar no ano de 2007, formando duas turmas-pilotos. Em 2008, o sistema ampliou o programa para outras regiões, com sete turmas e 118 empreendedores rurais. Com o sucesso do programa, em 2009, o Senar ampliou para dezessete turmas, formando 305 novos empreendedores no campo. Neste ano de 2010, mais de 900 empreendedores rurais concluíram essa capacitação. Foram quatro anos de aperfeiçoamento e avaliações. Agora, o programa está consolidado.

Qual foi o investimento do Senar?

Pedrozo – Para formar os 900 alunos deste ano investimos 1,5 milhão de reais. Para formar os 1.200 empreendedores do próximo ano, investiremos cerca de 2 milhões de reais.

Por que se tornou tão necessário formar empreendedores no campo?

Pedrozo – O agronegócio em geral e a agropecuária em particular necessitam de pessoas com habilidades para empreender, identificar necessidades do mercado e transformá-las em oportunidades de negócios. São pessoas que têm competência para o planejamento e sabem quem pode contribuir para a atividade – incluindo pesquisa, assistência técnica, reivindicações e defesa. Dessa forma, dota-se o agronegócio de empreendedores qualificados e líderes comprometidos com o desenvolvimento sócio-econômico e social.

Quais são os objetivos do programa Empreendedor Rural em SC?

Pedrozo – Desenvolver competências empreendedoras e preparar líderes para ações sociais, políticas e econômicas sustentáveis no agronegócio brasileiro. O programa se justifica em SC porque se trata de um Estado eminentemente agrícola com necessidade de reconversão das propriedades rurais para novos processos produtivos.

O que o programa apresenta de inovação e arrojo pedagógico?

Pedrozo – O foco na formação de novos líderes, com visão empresarial e capacidade de promover a revalorização da atividade rural. O

PER tem duração de 136 horas e busca aumentar a renda líquida dos produtores, além de elevar a qualidade de vida da população no meio rural. Para obter essa qualificação de alto nível é necessário ter idade superior a 18 anos, segundo grau completo, ser produtor rural ou pertencer à família do campo e estar disposto a criar um espírito empreendedor.

Qual é a estruturação pedagógica do programa?

Pedrozo – Os alicerces do programa estão na chamada fase 1 que engloba a gestão do conhecimento e desenvolvimento humano e elaboração de projetos. Para operacionalizar o programa são ministrados 14 módulos presenciais em 13 encontros, da seguinte forma: quatro módulos de dois dias (total de 16 horas) e nove módulos de um dia (8 horas), totalizando 136 horas. No total, serão 17 encontros em 13 semanas ou aproximadamente quatro meses. Para participar da fase 1 é necessário o ensino médio completo, ter 18 anos de idade, ser produtor ou trabalhador rural.

Apesar de uma teorização consistente, o aluno precisa produzir resultados práticos na propriedade rural?

Pedrozo – Toda a capacitação está orientada para a transformação da realidade de cada propriedade rural. Por isso, a fase 2 busca criar “espírito de corpo” no grupo para a implantação dos projetos. A composição das diversas etapas inclui o diagnóstico ou inventário; o estudo de mercado; a engenharia de projeto e as avaliações. A etapa 2 trata do estudo de mercado de fatores e mercado de produtos. A etapa 3 consiste na engenharia de projeto, matéria que contempla a descrição completa das tecnologias propostas, descrição das tecnologias a serem adotadas com os respectivos índices, cronograma físico de atividades, qualidade, quantidade e valor dos insumos a serem utilizados – das produções esperadas discriminadas segundo a qualidade – valor unitário e global do projeto. A quarta e última etapa destina-se às avaliações econômica, financeira, ambiental, política e social.

Quais foram os resultados da formação profissional rural em 2010? Pedrozo – Ainda não temos o relatório de 2010, mas o Senar repetirá os sucesso de 2009, quando capacitou 194.137 produtores rurais em 5.939 eventos realizados nas microrregiões catarinenses. Nesse período, o número de participantes cresceu 15,1% e, o de ações, 10,4%. E um detalhe: todo esse trabalho foi 100% gratuito. A profissionalização rural do Senar é um exemplo nacional.
 
As informações são da assessoria de imprensa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa -  FAESC.

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