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Falta de chuva no PR já ameaça o desenvolvimento do milho

Nos últimos 50 dias choveu apenas 8 milímetros na região de Maringá (PR)


A estiagem mais uma vez está castigando os agricultores da região de Maringá (PR). Nos últimos 50 dias choveu apenas 8 milímetros, contra média de 100 milímetros/ mês. O problema é mais grave na região de Iguaraçu. Quem plantou está perdendo com a seca.

Dos 9,5 mil hectares cultivados com soja no município, apenas 20% foi semeado. A área cultiva com milho soma 500 hectares. a produção dessas lavouras está comprometida ejá se estimam perda superiores a 30%. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), na região de Maringá 75% das áreas já foram plantadas.

O produtor José Ricardo de Oliveira planta 726 hectares em Iguaraçu. Ele afirma que a falta de chuva é preocupante. "Plantei somente metade da minha área. Meu custo de produção de soja está em 24 sacas da por hectare. Plantei não, arrisquei ao semear metade de minha propriedade. Grande parte ainda nem nasceu", avalia.

Oliveira ressalta que financiou parte da lavoura e que tem que seguir as especificações de plantio, adubação, manejo e colheita impostas pelo órgão financiador, ou pode ter complicações com o banco. "Temos que plantar dentro da data prevista", afirma.

O produtor cultivou 135 hectares com milho e já contabiliza prejuízo com a produção. Ele revela que as plantas não atingiram metade do tamanho para o período.

O clima está matando o produtor. Não sei o que vamos fazer se der mais um ano ruim", lamenta Oliveira, referindo-se às safra dos dois últimos anos, prejudicadas pela estiagem e pelo desequilíbrio entre cuto de produção e preço de venda.

O produtor relata que teve que pulverizar a lavoura durante a noite para controlar lagarta do cartucho. "Fazemos o que é preciso para obter uma boa produção, mas no caso da falta de chuva a gente não pode fazer nada. Não é fácil", frisa Oliveira.

Ele acredita que vai chover nos próximos dias. "Se der uma boa chuva, pelo menos para a soja, este quadro pode ser revertido. Assim como nos últimos três anos, as chuvas estão esparsas e irregulares", destaca Oliveira, que teme mais um ano de safra frustrada.

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