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Falta de chuvas prejudica desenvolvimento da soja no RS

Volume de chuvas não atendeu às necessidades das lavouras


Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nessa quarta-feira (1º-02), o volume de chuvas registrado na semana que passou e no início desta não atendeu às necessidades hídricas das lavouras no Rio Grande do Sul. Conforme a previsão da meteorologia, para o período de 2 a 9 de fevereiro, o deslocamento de uma frente fria pode provocar chuvas de volumes significativos na maior parte do Estado, principalmente na Metade Sul, onde os totais acumulados poderão superar os 100 mm. Nas regiões Centro, Metropolitana e Serra do Sudeste, os volumes de chuva devem oscilar entre 35 mm e 50 mm na maior parte das áreas, podendo chegar a 80 mm em pontos isolados. Já no Noroeste do Estado, as chuvas serão de fraca intensidade (entre 20 mm e 35 mm).


Devido ao prolongado período de estiagem, o desenvolvimento da cultura da soja está muito prejudicado no Rio Grande do Sul. As lavouras que estão na fase de desenvolvimento vegetativo (29%) encontram-se com o porte baixo, entrando em floração (48%) em situação atípica e com formação de vagens e grãos (23%) de maneira desuniforme. Essa situação vem ocorrendo principalmente nas cultivares precoces, que ocupam cerca de 70% da área cultivada. Nos municípios onde voltou a chover, os produtores foram motivados a replantar as áreas afetadas.

A cultura do milho segue com seu quadro evolutivo de forma alterada devido às condições adversas do clima. Os produtores que conseguiram cultivar na primeira quinzena do mês de agosto conseguiram uma safra considerada normal, alcançando até 8.000 kg/ha. Entretanto, como o inverno foi rigoroso, a grande maioria dos produtores só conseguiu semear após a segunda quinzena de agosto, ou mesmo meados de setembro. Com isso, as lavouras atingiram as fases de floração e enchimento de grãos em plena estiagem, que se intensificou a partir de dezembro. Atualmente, cerca de 43% das lavouras ainda se encontram nessas duas fases.


A colheita da lavoura do feijão já atinge 2/3 da área plantada no Rio Grande do Sul. Em decorrência da estiagem, as perdas, até o segundo decêndio do mês de janeiro, eram de 6,47% na produção. A partir de agora, as condições meteorológicas é que deverão ditar a tendência da produtividade final até o término da colheita. Em algumas regiões, os produtores já iniciaram o plantio da 2ª safra do grão. A estimativa inicial ainda se prende aos atuais acontecimentos, ou seja, estiagem com perdas e preço em alta. A maior procura pelo produto e o aumento do valor da saca de feijão podem reverter a tendência inicial de redução da área plantada. Na comercialização, a saca de 60 kg do feijão preto, no RS, nesta semana, subiu mais 3,4%, passando a valer R$ 87,50.

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