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Falta de grãos vai exigir que UE acabe com descanso de terras

A Comissão Européia propôs hoje interromper por um ano o sistema de descanso obrigatório, pelo qual os produtores têm que deixar de cultivar 10% de sua área


Agência EFE - A Comissão Européia propôs nesta quinta-feira (13-09) interromper por um ano o sistema de descanso obrigatório de terras, pelo qual os produtores têm que deixar de cultivar 10% de sua área, para atenuar os altos preços dos cereais e a escassez de oferta.

A Comissão Européia apresentou aos países da UE (União Européia) sua proposta para não paralisar as semeaduras de outono deste ano e da primavera de 2008 (no hemisfério norte), "zerando" o índice de terras que agora devem se retirar obrigatoriamente da produção. A interrupção proposta por Bruxelas tem como objetivo aumentar a produção na UE na campanha safra (2008-2009), entre 10 e 17 milhões mais de cereais, segundo a comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer-Boel.

"Os preços dos cereais alcançaram picos históricos, os problemas de abastecimento não param e em caso de colheita fraca, em 2008, se for mantido o regime de retirada de terras o mercado interno ficaria exposto a perigos potencialmente graves", disse Fischer-Boel.

As reservas de cereais armazenados na UE baixaram de 14 milhões de toneladas na safra 2006-2007 para cerca de 1 milhão de toneladas atualmente. Bruxelas estima que, com a interrupção do descanso obrigatório, poderiam entrar em produção entre 1,6 e 2,9 milhões de hectares na UE.

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