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Faltam vacinas contra a raiva em Santa Cruz do Sul

Previsão é de sete a 14 dias para as doses chegarem à cidade


Diante do alerta sanitário emitido na semana passada pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, para raiva em bovinos – e, em menor escala, equinos –, a Prefeitura de Santa Cruz deu início a uma campanha de conscientização, pedindo aos agricultores locais que vacinem seus animais contra a doença, geralmente transmitida pela mordedura do morcego hematófago Desmodus rotundus.

O problema é que, no momento, segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, não há doses da vacina antirrábica em Santa Cruz. Conforme o veterinário da pasta, Emílio Hoeltgebaum, a falta deve-se à procura antecipada por produtores de outros municípios, diante dos focos de raiva registrados em cidades próximas a Santa Cruz, como Venâncio Aires (três casos confirmados), Candelária (dois), Vale do Sol (um) e Passo do Sobrado (um). “Isso irá normalizar. O que houve foi uma procura intensa pelos produtores dessas cidades com foco”, tranquiliza o veterinário.

O secretário municipal de Agricultura, Elo Schneiders, comentou o plano de ação que o Município traçou para conter a doença. “É algo que nos preocupa. Conversamos com o prefeito e ele alertou para agirmos rápido, visando não deixar a raiva atingir o rebanho dos nossos produtores.”

As vacinas, que custam, em média, R$ 1,20 a dose, irão demorar de sete a 14 dias para chegarem às agropecuárias de Santa Cruz. Segundo Hoeltgebaum, o que causa alívio é que não houve casos confirmados da doença em Santa Cruz. Mesmo assim, a orientação é que os produtores locais reservem o medicamento. “Por causa da grande demanda quando a vacina chegar, orientamos o produtor a entrar em contato com os estabelecimentos de confiança e passar o número de animais e a quantidade de doses que irá adquirir”, explicou ele.

Leite

Outra questão debatida entre os produtores é a utilização de leite e carne de animais vacinados contra a raiva. Conforme o veterinário Emílio Hoeltgebaum, os produtores de leite podem ficar tranquilos. “Não há descarte. Pode aplicar a vacina nos animais, inclusive gestantes, e retirar o leite normal, sem a necessidade de se preocupar com possíveis resíduos no líquido.”

Em relação à carne, o procedimento muda. “Depois de aplicarem a vacina, os produtores devem esperar passar o pico febril nos animais de até 30 dias. Após, podem abater”, explicou.

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