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Faturamento da agropecuária mineira recua

Apesar do aumento de 8,1% no volume embarcado, receita recua 3,5% no 1º quadrimestre, para US$ 2,39 bi


A queda nos preços de importantes produtos no mercado internacional, como o café, o grupo das carnes e o setor sucroalcooleiro, fez com que o faturamento das exportações do agronegócio de Minas Gerais encerrasse o primeiro quadrimestre de 2018 com queda de 3,5% no faturamento, que alcançou US$ 2,39 bilhões. No período, o volume de produtos oriundo das atividades agrícola e pecuária destinado ao mercado externo cresceu 8,1%. O destaque positivo do quadrimestre foi o complexo da soja, que apresentou alta de 17,3% no faturamento e de 17,5% em volume embarcado. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

De acordo com os dados da Seapa, entre janeiro e abril, foram destinados ao mercado externo 2,8 milhões de toneladas de produtos agropecuários, o que representou um crescimento de 8,1% frente as 2,6 milhões de toneladas embarcadas em igual período de 2017.

No intervalo, o preço médio pago pela tonelada de produtos agropecuários ficou em US$ 848,07, queda de 10,7%. A retração nos preços impactou no faturamento gerado com os embarques, que retraiu 3,5% quando comparado com o ano anterior e encerrou o primeiro quadrimestre em US$ 2,39 bilhões.

Dentre os produtos, o café, que responde por 43,4% das exportações do agronegócio, apresentou queda de 13,1% no faturamento dos embarques, fechando o período em US$ 1,03 bilhão, ante os US$ 1,19 bilhão registrados em igual período de 2017. Em volume, foi verificada retração de 3,8% e exportadas 391,2 mil toneladas do grão.

Um dos fatores que contribuiu para a retração no faturamento das exportações foi a queda no preço da tonelada do café. Enquanto a cotação média da tonelada praticada entre janeiro e abril de 2017 era de US$ 2.941,70, em igual intervalo de 2018 o volume foi negociado a US$ 2.657,2, preço 9,65% menor.

Carnes

No grupo das carnes foi verificada queda de 19% no faturamento, que somou US$ 247,8 milhões. Entre janeiro e abril os embarques de carnes somaram 116,1 mil toneladas, retração de 5,4%. O preço pago pela tonelada caiu de US$ 2.490 para US$ 2.132, valor 14,37% menor. O grupo é responsável por 10,4% das exportações do agronegócio de Minas.

Dentre os produtos do grupo das carnes, destaque para a carne bovina, cujo faturamento das exportações chegou a US$ 160,4 milhões, aumento de 2,4%. Em volume, foi verificada elevação de 66,1%, com o embarque de 66 mil toneladas. O crescimento menos expressivo verificado no faturamento, visto que o volume cresceu significativamente, se deve à desvalorização da tonelada no mercado internacional.

Enquanto nos quatro primeiros meses de 2017 o volume estava cotado a US$ 3.939, em igual período de 2018 caiu para US$ 2.427, retração de 38,3%.

Ao contrário da carne bovina, as exportações de frango recuaram expressivos 38,6% com faturamento de US$ 66,8 milhões. Ao todo, foram destinados ao mercado externo 40,9 mil toneladas, volume 38,8% menor.

Queda também nos resultados da carne suína. A movimentação financeira foi 15,1% menor, somando US$ 11,6 milhões. O volume embarcado retraiu 13,6% e encerrou o quadrimestre em 5,7 mil toneladas.

Sucroalcooleiro

As exportações do setor sucroalcooleiro retraíram 8,5% em faturamento, encerrando o primeiro quadrimestre em US$ 208,2 milhões. Em volume, a alta foi de 10,9%, com a exportação de 609,5 mil toneladas. No grupo, foi verificada queda próxima a 17% no valor médio pago pela tonelada, que retraiu de US$ 413 para US$ 341 ao longo dos primeiros quatro meses de 2018.

Soja

Apesar dos resultados negativos, o segundo grupo que mais contribui para as exportações do agronegócio, o complexo soja, apresentou resultados positivos. O setor foi responsável por 20,4% dos embarques do agronegócio ao longo do primeiro quadrimestre.

De acordo com os dados da Seapa, foram destinados ao mercado internacional 1,19 milhão de toneladas de produtos do complexo, incremento de 17,5%. A alta em volume foi importante para o crescimento do faturamento, que chegou a US$ 488,4 milhões, alta de 17,3%. O preço médio da tonelada se manteve praticamente estável e girando em torno de US$ 407.

A soja em grão movimentou US$ 433,2 milhões com a exportação de 1 milhão de toneladas, variação positiva de 19,8% e 17,6%, respectivamente

De farelo de soja, produto que tem maior valor agregado, foram exportadas 100,4 mil toneladas, elevação de 14%. O faturamento retraiu 1,4% e encerrou o período em US$ 53,7 milhões.

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