Fazenda Império eleva retorno com café torrado
A projeção inicial é destinar 16% do café produzido na fazenda à industrialização
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A Fazenda Império, situada no município de Buritizeiro, no cerrado de Minas Gerais, que fatura R$ 5,2 milhões por ano, começa a desenvolver o café com maior valor agregado tanto para o mercado interno como o externo. Até então, todo o grão produzido na propriedade, que deve colher 15 mil sacas de café arábica na atual safra, era exportado para os mercados europeu e norte-americano. A fazenda decidiu investir no mercado de industrialização de cafés gourmet e criou o Café Madame D’oorvilliers, que deve trazer um retorno entre 200% e 300% em relação o grão verde. A projeção inicial é destinar 16% do café produzido na fazenda à industrialização.
O produto processado será vendido no varejo especializado, com em lanchonetes, e, inclusive, em supermercados. Marília Faria, sócia e administradora da Madame D’oorvilliers Cafés Especiais, criada para desenvolver o café processado, disse que a empresa está em negociação com a rede Pão de Açúcar para vender o produto no mercado interno.
As estimativas de comercialização do produto que vai concorrer com a italiana Illycaffe, Café Suplicy e Orfeu. A estimativa da executiva é de que a empresa obtenha um faturamento de R$ 3,6 milhões com o grão torrado em um ano, compreendido entre agosto deste ano e julho de 2008. Isso equivale a um volume vendido de 120 quilos de café gourmet no Brasil e no exterior.
A executiva informa que a empresa está em negociação com alguns distribuidores do varejo dos Estados Unidos, Canadá e Europa, que trabalham com café fino. "Pelas as certificações que temos encontra mercado lá fora; o nosso café é muito disputado no exterior", disse. O objetivo é embarcar, pelo menos, um conteiner de café por mês, o equivalente a 8 mil quilos.
A executiva demonstra otimismo para a demanda por café gourmet no mercado interno. Segundo ela, este segmento deve crescer 20% em 2007 em relação ao ano passado. A participação desse setor no mercado nacional de café, nos atuais 10%, deve triplicar nos próximos 10 anos. "Esse mercado vem crescendo muito. Há dez anos não existia quase nada de gourmet no Brasil".
A empresa terceirizou a torrefação do Café Madame D’oorvilliers. "Como estamos ainda começando decidimos terceirizar a produção, por ser muito onerosa", disse Marília.
A empresa já está em negociação com o Banco do Nordeste para financiar a instalação da torrefadora dentro da própria fazenda no próximo ano. A executiva não quis estimar o investimento na fábrica.