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Fazendeiro é multado em R$ 17,4 mi por danificar remanescente de floresta no Pará

O corte de árvores centenárias amazônicas, de espécies valorizadas, como roxinho, angelim, amapá e pequiarana, vinha sendo feito no que deveria ser a reserva legal de uma fazenda de gado


BELÉM - Fiscais do Ibama em Marabá, no Pará, interromperam a destruição de um dos últimos remanescentes de floresta amazônica no município de Rondon do Pará, no sudeste do estado. O proprietário das terras onde ocorria o desmatamento foi multado em R$ 17,4 milhões por danificar 3.486 hectares de vegetação nativa - área correspondente a cerca de 3,5 mil campos de futebol. No local, houve a apreensão de um trator, quatro motosserras e 330 toras, algumas com 30 metros de comprimento. A madeira, que seria suficiente para encher 46 caminhões, será doada para obras sociais.

O corte de árvores centenárias amazônicas, de espécies valorizadas, como roxinho, angelim, amapá e pequiarana, vinha sendo feito no que deveria ser a reserva legal de uma fazenda de gado.

- Nesse remanescente ainda há fragmentos de mata primária, ou seja, trechos que nunca foram explorados intensivamente pelo homem. Por isso, têm grande importância para a conservação da biodiversidade local - disse o coordenador da ação de fiscalização, Mauro Luciani.

Dados do Prodes, projeto do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que calcula o desmatamento da Amazônia Legal, apontam Rondon do Pará com um dos campeões de desflorestamento no estado. Segundo o Inpe, até 2008, o município já havia perdido 63% da cobertura original de floresta, o que equivale a cerca de 5,2 mil Km ², quase o tamanho do Distrito Federal.

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