CI

FCO vai destinar para safra em Mato Grosso do Sul R$ 1,8 bilhão

No ano passado, setor rural contratou R$ 1,38 bilhões com o Branco do Brasil



O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) vai ter R$ 1,8 bilhão para financiar o custeio antecipado da safra deste ano e do próximo em Mato Grosso do Sul. Esse recurso é administrado pelo Ministério da Integração Nacional e executado pelo Banco do Brasil. Para o Brasil, o valor é de R$ 12,5 bilhões.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (30), na cidade de Rio Verde (GO), pelo presidente da República Michel Temer, acompanhado dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi; e da Integração Nacional, Helder Barbalho; além do presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli.

“Hoje, podemos olhar para o presente e para o futuro com mais confiança. O PIB voltou a crescer no ano passado, após oito trimestres seguidos de queda, e nenhum setor contribuiu mais para essa recuperação do que o agropecuário. Além de liderar a retomada da geração de empregos, o campo respondeu por 44,1% das vendas para o exterior. As exportações do agronegócio cresceram 13% em 2017, ultrapassando 96 bilhões de dólares”, observou Helder Barbalho.

Ao apresentar resultados das operações do FCO em 2017, o ministro destacou a importância do Fundo para impulsionar a economia no Centro-Oeste e afirmou que uma soma maior de recursos está disponível para este ano.

São R$ 7,9 bilhões no total, sendo R$ 3,5 bilhões para atividades produtivas rurais - 44% do montante. O recurso está dividido da seguinte forma: R$ 2,2 bilhões para Goiás e o mesmo valor para o Mato Grosso; R$ 1,8 bilhão para o Mato Grosso do Sul e R$ 1,5 bilhão para o Distrito Federal.

Em 2017, o FCO destinou mais de R$ 8,3 bilhões para investimentos em atividades produtivas. O resultado, recorde na história do fundo, é 91% maior em relação a 2016, quando foram aplicados R$ 4,3 bilhões.

A região Centro-Oeste se destaca, tradicionalmente, pelo volume de investimentos no agronegócio. Em 2017, foram R$ 6,3 bilhões em recursos do FCO para mais de 48 mil operações setor rural.

SAFRA

A antecipação dos financiamentos de custeio para a safra, a exemplo de soja, milho, arroz e café, permite melhores condições a produtores para o planejamento de suas compras junto a fornecedores e contribui para o incremento das vendas de sementes, fertilizantes e defensivos, proporcionando maior rentabilidade aos empreendimentos e produzindo reflexos positivos em toda a cadeia produtiva.

Os recursos estarão disponíveis aos médios produtores, no âmbito do Pronamp (Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais) com taxas anuais de 8,5%, até o teto de R$ 1,5 milhão.

Os demais produtores rurais podem obter o crédito com encargos de 9,5% ao ano, com teto de até R$ 3 milhões, descontados os valores de recursos controlados já contratados no semestre anterior. Para operações com recursos do FCO, as taxas de juros podem ser reduzidas até a 7,23% ao ano, considerando o bônus por adimplência.

ANO PASSADO

Em Mato Grosso do Sul, só o setor rural contratou R$ 1,38 bilhão em empréstimos em 2017, divulgou o Banco do Brasil agora em janeiro. O setor empresarial, R$ 770 milhões. A totalidade dos recursos será liberada ao longo dos períodos de execução de cada projeto de financiamento.

Os juros baixos são os principais atrativos dos recursos disponibilizados via FCO. No setor rural, variam de 7,5% a 12,25% ao ano. No setor empresarial, de 8,08% a 14,37%. Se o contratante for adimplente, os juros podem cair. Para pequenos produtores rurais, podem chegar a 6,3% ao ano, valor bem inferior, por exemplo, à taxa de juros do Banco Central (Selic), atualmente em 7,5% anuais.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.