Feijão: Dólar surpreende e desperta atenção

As notícias sobre a desvalorização mais forte do Real frente ao Dólar norte-americano nesta terça-feira (11.01) despertaram nos produtores de feijões mais atentos perguntas sobre se muda algo nos preços dos produtos. A observação é do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses).

“Muitos analistas estavam esperando que o Dólar viesse abaixo dos R$ 5 e ontem bateu até R$ 5,50. Para que o impacto seja percebido nos preços de Feijões exportáveis, esta cotação teria que se manter nestes níveis até o momento da fixação do câmbio, e até agora nem foi plantada a safra que será exportada”, afirmou o presidente do Instituto, Marcelo Lüders. 

De acordo com ele, outros analistas já comentavam sobre outro aspecto também, que são os custos de produção atuais do feijão. “Se o dólar se mantiver mais alto, todos sabemos que os custos também acabam sendo corrigidos”, complementou o especialista em mercado de pulses.

MERCADO EM RITMO LENTO

Já no mercado de Feijões, aponta o Ibrafe, na terça-feira foi mantido baixo volume negociado. “Houve menos compradores ativos no dia de ontem. No Paraná, os produtores se preocupam com a qualidade do produto. É compreensível, tanto que na parte da tarde de ontem alguns produtores venderam Campos Gerais e Sabiá por R$ 265, porém deve-se ter em conta que estavam com elevada umidade e manchas. Para os Feijões melhores, nota 8,5/9, nada mudou, ainda há pouca oferta. Agora é hora dos produtores e dos cerealistas prestarem atenção para não passarem por tensões durante a segunda safra…”, concluiu.