CI

Feijão: Volatilidade dos preços pode continuar

Os poucos dias até o recesso ainda devem reservar emoções, com momentos de rally


Foto: Pixabay

Após ultrapassar os R$ 300 no Feijão-carioca, o mercado brasileiro de pulses tem se mantido um pouco mais calmo, de acordo com o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). Entre outros motivos, é apontado o fato de que todos procuram comprar por valores mais baixos e ofertar valores próximos a R$ 300 por saca de 60 quilos. 

“Estes são os que venderam entre R$ 320 e R$ 330 o Feijão-carioca nota 8,5/9. Cerca de 70% do Feijão estocado hoje está à venda, ou seja, com o mercado calmo, o produtor ou o comerciante fica mais inseguro e se coloca como vendedor. Tão logo o mercado tenha alguma reação positiva, o humor mudará e voltará a ficar otimista, voltando a testar o mercado a cada pequena correção positiva”, explica a entidade mais representativa do setor no Brasil. 

De acordo com o Ibrafe, que é presidido por Marcelo Lüders, o fato continua o mesmo. “Com o Feijão mais caro nas prateleiras de algumas regiões, os empacotadores voltam a relatar que as vendas estão abaixo do normal. O Feijão-preto vem se mantendo entre R$ 330/340, FOB Paraná, em pequenos cerealistas que consolidam cargas a partir de vários produtores. Os poucos dias até o recesso ainda devem reservar emoções, com momentos de rally de preços seguidos de rápidas calmarias. Assim deve seguir sendo o dia a dia”, conclui.

EQUILÍBRIO

Ainda segundo o Ibrafe, há um “processo de assimilação e, finalmente, de aceitação dos valores mais altos. O empacotador segue prensado entre o produtor e o supermercado. Sabemos que a pior coisa que pode acontecer para a indústria é o sobe e desce. Ora, se não tem comprador, os produtores e os cerealistas que trabalham vendendo no interior do Brasil não vendem. Sobretudo agora, com a oferta curta que temos”.

O Instituo sustenta que tanto cerealista, corretor ou produtor devem “defendr o setor”: “Busque irradiar as informações corretas. Quando não se está todo tempo acompanhando o mercado, é fácil ser vítima de manipulação. Se alguém perde uma boa oportunidade de vender melhor, você não ganha com isso. Todos são afetados pela menor oferta e, consequente, pelo menor consumo. Estamos, por forças de circunstâncias, maltratando nosso consumidor, não devemos seguir cada um por si no Feijão. Todos nós evoluímos muito por colaborar nos últimos anos relatando a área plantada e os valores de compra e venda”.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.