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Feijão com herbicida proibido é apreendido

"Não se deve concluir que a aplicação irregular de agrotóxicos é prática sistemática na região"


Foto: Pixabay

Foi apreendido no município de Campo Novo do Parecis, estado do Mato Grosso, nada menos que 4,2 mil toneladas de feijão-caupi, também chamado de feijão-de-corda, que apresentava resíduo de herbicida proibido para a cultura. Foi o maior volume do produto já suspenso até hoje pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Embora as análises laboratoriais tenham atestado que todos os lotes da safra passada estão impróprios para o consumo humano, não se deve concluir que a aplicação irregular de agrotóxicos é prática sistemática na região. Isso ocorreu porque o produto de diversos produtores são normalmente descarregados na mesma moega e acabam se misturando dentro de silos de até 5 mil toneladas. Para se ter o comprometimento de todo o produto ensilado, basta algumas cargas contaminadas e movimentação de grãos entre estruturas de armazenamento”, explica o auditor-fiscal federal agropecuário Cid Rozo.

Rozo destaca ainda que, “além do trabalho realizado até o momento, a nossa expectativa é de que com a aprovação da lei de autocontrole, novas ferramentas de acompanhamento serão implementadas. Também estamos aguardando a atualização do decreto de inspeção, que passará a responsabilizar solidariamente corretores e produtores rurais por comércio de produto contaminado. Com isso, ambas iniciativas deverão impactar substancialmente na qualidade e segurança do feijão produzido no país”.

O governo anunciou que novas fiscalizações serão realizadas abrangendo todos os tipos de feijão.  “Com as intensificações de ações fiscais e a implementação de processos de controle e monitoramento por indústrias beneficiadoras de feijão na aquisição de matéria-prima, o Mapa tem constatado a diminuição nos índices de produto irregular oferecidos no mercado”, afirma a agência de notícias oficial.

A ação foi realizada após investigações sobre a origem de feijão-caupi contaminado em atacadistas e distribuidores deste alimento. A mercadoria é referente à safra de 2021 e equivale a 140 carretas carregadas com o produto. A ação teve a participação do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).

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