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Feira tira indústrias do papel

A primeira edição do ano da feira ocorre até domingo, em Gua­ratuba


A Feira Sabores do Paraná está encurtando o caminho que o produtor familiar precisam trilhar para estruturar uma agroindústria e se tornar um empresário. Parte dos participantes está à beira de deixar o evento, direcionado a pequenos produtores, por ter conquistado clientela e ampliado sua atividade. A primeira edição do ano da feira ocorre até domingo, em Gua­ratuba.


Criada há 12 anos dentro do programa Fábrica do Agri­cultor do governo estadual, a feira começou com edição apenas em Curitiba. Quatro anos depois, o evento foi estendido para algumas cidades do interior e, desde 2007, ganhou espaço no Litoral. O principal objetivo é apresentar a produção do estado ao mercado local e gerar negócios.

“Além de vender para as pessoas que visitam a feira, é comum o produtor estabelecer parceria com estabelecimentos que busquem enriquecer seu mix de produtos”, explica o coordenador geral da Feira Sabores, Eder Dalla Pria.

Há casos de produtores paranaenses que saíram do anonimato para fornecer seus produtos para outras regiões do país. A empresa Machulek, localizada no município de Prudentópolis (Centro-Sul), envia parte dos seus produtos coloniais à base de carne de porco e frango para 17 estados, fruto de parcerias firmadas na feira. Participa da feira desde 2004.

“A participação foi fundamental. A visibilidade era maior a cada evento e o número de produtos comercializados também. Muitos dos contatos estabelecidos foram por meio da feira”, conta o representante da marca José Marcelo Kley. “Já tivemos até contato de mercados internacionais interessados nos nossos produtos.”


Muita coisa mudou desde que os três irmãos donos da empresa eram responsáveis pela produção de mil quilos de alimentos por semana em uma pequena fábrica de 80 metros quadrados. Hoje, 23 funcionários trabalham em uma fábrica de mil metros quadrados para processar duas toneladas de carnes por mês.

A Frango Sabor Caipira, de Ivaiporã (Norte), também alavanca negócios na feira. Para o empresário Marcos Batista, proprietário da empresa que começou produzindo 100 frangos/mês e hoje tem uma capacidade de 30 mil cabeças/mês, o evento permite que o pequeno produtor tenha uma visão do mercado e entenda o que o consumidor deseja.

“O produtor não está preparado para comercializar. A feira ensina as pequenas empresas o que é necessários para aumentar as vendas e expandir”, diz. Atualmente, a empresa de Ivaiporã participa apenas de grandes feiras voltadas para o atacado.

Serviço

Feira Sabores do Paraná. Até domingo, das 16 h às 23 h, no Ginásio de Esporte do Colégio Estadual 29 de Abril (Rua Nossa Senhora de Lourdes, 292 – Centro de Guaratuba).

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